Criticado desde seu lançamento pelo , o Volkswagen Taos pode virar o jogo em breve. Vazado indiscretamente pelo ministério de patentes na China, a primeira reestilização do SUV médio revela estilo inspirado em T-Cross e Nivus, mas que pode não ser totalmente usado no Brasil quando o Taos mudar.
Explico: o Volkswagen Taos surgiu como um projeto de SUV para as Américas, porém baseado no chinês Tharu. E é justamente o Tharu que está passando pela reestilização, afinal, foi lançado em 2018 (três anos antes do Taos). Há outro ponto também: os SUVs chineses da Volkswagen seguem por uma linguagem de design própria e diferente dos modelos globais.
Exemplo disso é que todo SUV da Volkswagen na China tem recebido faróis divididos internamente em dois andares. Esse foi um recurso aplicado no Teramont e no Teramont X na China e não nos EUA, onde eles são vendidos como Atlas e Atlas Cross Sport. Por isso, é bem provável que ao menos a frente do Taos brasileiro seja diferente do Tharu chinês.
Puxada de olho
Elementos mais fortes da reestilização do Volkswagen Taos / Tharu são os faróis. Eles ganharam uma espichadinha pela lateral tal qual o Tiguan reestilizado e o ID.6 chinês. A parte interna é toda em LED e dividida em duas partes, sendo cortadas pelo friso cromado da grade frontal, que pode ser luminoso como no modelo vendido no Brasil e produzido na Argentina.
O para-choque ganhou mais área em preto, com um friso cinza circulando a parte superior – recurso que já apareceu no T-Roc europeu. Na traseira, o que faltava ao Taos para se aproximar de T-Cross e Nivus, finalmente foi resolvido. As lanternas ganharam novo formato e lente preta conectando as duas metades. Não ficou claro se a barra central acende ou não.
No para-choque, um novo friso cromado lembra bastante o recurso usado no T-Cross Comfortline e Highline no Brasil. O registro de patentes feito na China mostrou que o novo Taos / Tharu terá um pacote bicolor pela primeira vez. Ele seguirá o que é feito no Nivus, onde teto e aerofólio são pintados em preto, mas não a coluna C como acontece no T-Cross.
Na China, o Tharu terá sete desenhos de rodas diferentes e quatro versões. Imagens internas não foram reveladas, mas o modelo deve receber um acabamento melhor – visto que esse é o seu ponto de crítica mais forte perante os rivais.
Novos motores. Mas e o híbrido?
Para a China, o Volkswagen Tharu receberá um novo motor 1.2 TSI turbo de 118 cv e 20,4 kgfm de torque. É um motor maior, com mesmo torque, mas menos potente que o 1.0 TSI de 128 cv usado no T-Cross e no Nivus no Brasil. Para substituir o 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm de torque, entrará o 1.5 TSI com os mesmos números, mas bem mais moderno e econômico.
Por fim, a Volkswagen manterá o 2.0 TSI quatro cilindros turbo de 190 cv junto da tração integral 4Motion nas versões mais caras. Esse motor não é oferecido no Brasil. Em compensação, o Taos deve ser o primeiro Volkswagen vendido no Brasil a usar o motor 1.5 eTSI híbrido leve. O propulsor deve estrear entre 2024 e 2025 junto da reestilização do SUV.
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