Aos que tinham esperança de que a Volkswagen lançaria a nova geração da Amarok feita conjuntamente com a Ford Ranger, a marca alemã acaba de jogar um belo balde de água fria. Em um comunicado onde anunciou o investimento de R$ 1,2 bilhão (US$ 250 milhões) na Argentina, a marca explicou o que fará com a caminhonete e também com o Taos.
“Vamos atualizá-la, vamos modernizá-la e vamos equipá-la com mais segurança para que siga vendendo aqui e em toda a América Latina”, Pablo Di Si, presidente da VW América Latina.
As palavras de Pablo Di Si deixam claro um rumor que já circulava há tempos: a Volkswagen não produzirá a nova geração da Amarok na Argentina. O novo modelo ficará restrito à África do Sul, de onde será exportada para Europa e Oceania. Para o Brasil e outros países latinos, teremos a segunda reestilização da atual geração lançada em 2010.
Hoje, a atual Amarok já é um produto com 12 anos de idade, sendo a mais velha de todas caminhonetes médias vendidas no Brasil. As atuais gerações de Mitsubishi L200 Triton, Nissan Frontier e Toyota Hilux, por exemplo, são de 2015, enquanto a Chevrolet S10 foi lançada em 2012.
O investimento anunciado pela Volkswagen será aplicado entre 2022 e 2026, ou seja, a Amarok fica do jeito que está por mais um tempo até o desenvolvimento da reestilização. É bem provável que ela chegue a 2030 na mesma geração. Mas isso não significa, porém que a Volkswagen não vai investir em picapes.
Amarok + Taos = Tarok
Esse montante pode ser também usado para finalmente produzir a Tarok. A picape intermediária foi apresentada no Salão do Automóvel de 2018 e já era dada certa como modelo de produção, mas atrasou. Tanto que Hyundai e Ford lançaram antes concorrentes para a Fiat Toro.
A consultoria IHS Markit adiantou que a Tarok começaria a ser produzida na Argentina em 2025, bem a tempo de a Volkswagen fazer mudanças no Taos. Não coincidentemente, Tarok é a junção dos nomes Taos e Amarok, os dois modelos produzidos na Argentina. O SUV médio, que vende menos do que todos apostaram, passará por algumas mudanças para subir as vendas.
A Volkswagen não fala ainda em reestilização, mas como ele foi lançado em 2021, é esperado que até 2024 ele passe por sua primeira mudança de estilo. Isso coincide com o tempo de investimento que a marca planeja fazer na Argentina. Antes, porém, ela aumentará o índice de nacionalização do Taos.
Isso permitirá ampliar a produção do modelo, que dependerá menos de fornecedores internacionais. Além disso, o preço poderá ser reduzido e a oferta de versões pode ser ampliada. Hoje o Taos é vendido na versão Comfortline por R$ 177.460 e Highline de R$ 206.950. Há um espaço muito grande entre elas e o preço inicial é mais alto do que onde Toyota Corolla Cross e Jeep Compass começam.
Por fim, Pablo Di Si afirmou também que a marca de motos Ducati terá fabricação em Córdoba, Argentina, junto da planta que produz transmissões para os carros do grupo.
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