Como já era esperado, a Volkswagen tirou o Tiguan Allspace 250 TSI e o Comfortline de linha. Ambas as versões eram vendidas com motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm de torque. O culpado desse movimento: o lançamento do novo SUV médio Volkswagen Taos.
Para evitar a concorrência interna, a Volks decidiu manter apenas a versão R-Line do Tiguan. Essa conta com visual diferenciado, para-choques esportivos, rodas maiores e sete lugares. Mas o melhor está debaixo do capô: motor 2.0 TSI quatro cilindros turbo de 220 cv.
Diferentemente do Tiguan 1.4 que saiu de linha, a versão R-Line conta com transmissão automatizada de dupla embreagem com sete marchas. Já a tração integral sempre foi exclusividade dessa versão aqui no Brasil.
A estratégia da Volkswagen faz sentido quando verificado que justamente o Tiguan mais caro e mais potente era o mais vendido da linha. Ele parte de R$ 221.350 – criando assim um confortável espaço para o Taos se estabelecer entre ele e o T-Cross, que chega a, no máximo, R$ 146.350.
Anteriormente o Tiguan Allspace poderia ser encontrado por R$ 146.880 na versão 250 TSI e por R$ 175.140 na Comfortline. Como T-Cross topo de linha com todos os opcionais e Tiguan básico custavam praticamente o mesmo, o Taos ficaria sem espaço dentro da gama.
Além disso, o novo SUV usará o mesmo motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm de torque que os Tiguan mais baratos usavam. A vantagem de espaço do modelo maior frente ao novato também causaria problemas a ele. E como a Volks está investindo forte no lançamento do Taos, não pode perder tempo.
Com isso, o Volkswagen Tiguan se posicionará mais acima na tabela da marca alemã. Isso abre espaço para que ele ganhe versões híbridas, como recentemente lançadas na Europa. Assim, ele poderá ter um importante diferencial no mercado – afinal, não existe marca generalista com SUV médio de sete lugares híbrido.
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