O presidente da Toyota, Akio Toyoda, reafirmou sua crença de que as pessoas devem ter a liberdade de escolher entre veículos elétricos e aqueles movidos a motores a combustão. Durante um discurso realizado diante de 200 executivos e gerentes corporativos, Toyoda destacou os planos da empresa para um grande projeto de desenvolvimento de motores, mesmo depois da confusão com a Hilux. 

Os números de vendas da Toyota em 2023 mostraram um crescimento recorde, com mais carros vendidos do que nunca. No entanto, os veículos elétricos tiveram um impacto mínimo nesse crescimento. Dos 11.233.039 veículos entregues pelo conglomerado japonês, apenas 104.018 eram veículos elétricos – representando menos de 1% das vendas totais.

De acordo com Toyoda, essa porcentagem baixa reflete sua visão de que os veículos elétricos de bateria nunca ultrapassarão uma fatia de mercado de 30%, independentemente dos avanços tecnológicos. Ele acredita que os outros 70% serão representados por carros a gasolina, híbridos e veículos elétricos movidos a célula de combustível.

Além disso, Toyoda abordou a questão dos empregos na indústria automobilística do Japão. Ele expressou preocupação de que uma mudança repentina para veículos elétricos de bateria poderia colocar em risco os empregos de milhões de pessoas que trabalham na fabricação de motores. Segundo ele, muitos fornecedores relacionados a motores também vão enfrentar dificuldades financeiras.

Futuro elétrico

Embora outras montadoras tenham anunciado planos para se tornarem exclusivamente elétricas nos próximos anos, a Toyota adota uma abordagem diferente. Enquanto marcas como Jaguar, Chrysler, Lotus, Aston Martin, Bentley, Buick, Cadillac, Rolls-Royce, Genesis, Maserati, Mini, Opel/Vauxhall e Volvo prometeram se tornar exclusivamente elétricas até o fim da década, a Toyota planeja continuar produzindo carros com motor a combustão.

A empresa destaca que os veículos elétricos de bateria não podem ser a única solução para alcançar a neutralidade de carbono. Toyoda ressaltou que a infraestrutura de carregamento ainda não está pronta e que bilhões de pessoas no mundo vivem sem acesso à eletricidade. Considerando que a Toyota vende carros nessas regiões, investir pesadamente em veículos elétricos não seria viável.

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