A Toyota anunciou o afastamento do presidente e do presidente do conselho da Daihatsu, marca que pertence ao seu grupo. Essa mudança é parte de uma estratégia para salvar a reputação da marca e evitar repercussões negativas para a própria Toyota. A medida ocorre após a descoberta de que a Daihatsu falsificou dados de colisão, colocando em risco a segurança de milhares de motoristas.
O atual presidente da Daihatsu, Soichiro Okudaira, que tem quase 40 anos de experiência na Toyota antes de assumir o cargo em 2017, concordou em renunciar juntamente com o presidente do conselho, Sunao Matsubayashi. Essas mudanças fazem parte de uma reorganização mais ampla na empresa. Segundo informações da , Matsubayashi não será substituído, enquanto Okudaira será sucedido por Masahiro Inoue, atual chefe das operações da Toyota na América Latina e Caribe.
Embora a Daihatsu não atue no Brasil, as mudanças realizadas pela Toyota acabaram impactando a operação da empresa japonesa no mercado brasileiro. Como Masahiro Inoe vai assumir o comando da Daihatsu, coube a Rafael Chang, até então presidente da Toyota do Brasil, passa a ser o CEO da Toyota América Latina e Caribe. Enquanto isso, Evandro Maggio assume a presidência da divisão brasileira da marca japonesa.
Impactos da mudança da Toyota
Em entrevista à imprensa, o CEO da Toyota, Koji Sato, afirmou que as mudanças não são uma punição relacionada ao escândalo de segurança da Daihatsu. Apesar das dúvidas sobre as intenções por trás dessa reestruturação, é possível que a nova equipe esteja mais bem preparada para auxiliar a Daihatsu em seus processos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e concentrar-se em seu modelo de negócios.
De acordo com informações da , a Toyota planeja terceirizar algumas de suas operações no exterior para empresas parceiras, com o objetivo de permitir que o negócio principal cresça sem sobrecarregar a empresa. A rápida expansão da Daihatsu gerou algumas distorções que não foram adequadamente absorvidas pela empresa, afirmou Inoue.
Escândalo da Daihatsu
O escândalo veio à tona quando uma investigação independente revelou que a Daihatsu havia falsificado dados de colisão lateral em 64 modelos diferentes, incluindo veículos fabricados em nome da Subaru, Mazda e até mesmo os modelos Yaris Ativ e Agya da própria Toyota.
A partir do dia 1º de março, Masahiro Inoue assumirá o cargo de presidente da Daihatsu, com a missão de reconstruir a empresa após esse episódio lamentável. Resta agora acompanhar de perto as ações da nova gestão e verificar se as medidas adotadas serão suficientes para restaurar a confiança dos consumidores e reverter o impacto negativo causado por esse escândalo.
Acredita que as medidas da Toyota vão reverter o impacto da fraude da Daihatsu? Deixe nos comentários a sua opinião.
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