A Renault acredita que nenhuma marca europeia ainda tenha projetos de motores a combustão atualmente. O chefe da marca diz que todo o dinheiro está indo para elétricos e carros a hidrogênio, mas será que esse é o futuro?
Durante um evento político o CEO da Renault, Luca De Meo, disse acreditar que o futuro breve eliminará os motores a combustão das marcas europeias. O executivo comentou que imagina que nenhuma marca está desenvolvendo um motor a combustão novo na Europa.
O também presidente da ACEA (European Automobile Manufacturers Associaton) comentou que mesmo o governo alemão tentando garantir um futuro para os motores a combustão, a medida chegou tarde demais. “As montadoras já transferiram bilhões de investimentos para baterias elétricas e hidrogênio”, disse.
Esse é mesmo o futuro?
Pelo menos na Europa, aparentemente sim. A União Europeia prevê que a venda de novos carros e vans a combustão seja completamente banida a partir de 2035. Vale dizer, porém, que um recente documento vazado mostra que a Europa pretende liberar a venda de carros movidos a combustíveis sintéticos. Mas, isso se eles provarem a virtude de serem zero emissões.
Contudo, Luca De Meo diz que as montadoras já estão ou irão se adequar a esse plano muito antes dessa data. No evento político o CEO da Renault comentou: “Acho que ninguém ainda se atreve a desenvolver um motor térmico completamente novo na Europa. Ninguém, você sabe, está desenvolvendo um novo motor de combustão do zero na Europa. Todo o dinheiro vai para a tecnologia elétrica ou de hidrogênio.”
O plano das montadoras
Aparentemente o chefe da montadora francesa está correto, afinal, diversas marcas já anunciaram datas para o fim da comercialização de modelos a combustão. Até 2030 as montadoras Renault, Bentley, Rolls-Royce, Ford (europeia) e Volvo, já não estarão mais vendendo modelos de combustão interna.
A Jaguar se antecipará e fará essa transição já em 2025, enquanto a Audi lançará somente elétricos a partir de 2026 e pretende encerrar a produção dos modelos convencionais até 2033. A maioria das marcas do grupo Stellantis também abandonarão esse tipo de motorização até 2030.
Outras marcas como BMW, Mercedes-Benz, Volkswagen, Skoda e Seat também já mostraram a intenção de ter apenas modelos elétricos à venda nos próximos anos. As sul-coreanas Kia e Hyundai deverão seguir a mesma linha e venderem apenas carros movidos a eletricidade na Europa a partir de 2035.
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