A Hyundai anunciou que sua fábrica localizada no interior de São Paulo ficará paralisada durante 14 dias. Porém, desta vez, a culpa não é somente dos chips e semicondutores, já que a produção dos mesmos está um pouco mais estabilizada do que na época de pandemia. A montadora de origem sul-coreana alegou que os três turnos da fábrica de Piracicaba serão interrompidos por uma questão muito simples: demanda.

Infelizmente o número de vendas dos automóveis de passeio no Brasil não está muito animador neste mês de março, apresentando queda. Justamente por esse motivo há mais oferta do que demanda. Isso implicou na decisão da Hyundai em não deixar os estoques acumularem uma grande quantidade de veículos.

2 mil funcionários dispensados

O recesso de 14 dias, que se iniciou nesta última segunda-feira (20/03) e irá até o começo de abril (02/04), acarretou em cerca de 2 mil funcionários da planta de Piracicaba (SP) dispensados neste período. Todos os turnos (manhã, tarde e noite) da unidade fabril serão interrompidos temporariamente, e com isso o hatch HB20, o sedan HB20S e o SUV Creta só estarão disponíveis para venda considerando as unidades já presentes em estoque nas concessionárias da Hyundai.

Consumidor pode se dar bem com isso

Levando em conta a queda na procura por veículos zero quilômetro, a tendência é que as concessionárias ofereçam maiores descontos no momento da compra de um modelo novo. Isso acontece pois as lojas evitam prejuízos maiores ao ficarem com carros parados no estoque, portanto acabam oferecendo condições mais generosas para continuar lucrando, ainda que menos.

Quem será prejudicado?

Apesar do possível benefício aos consumidores durante a queima do estoque atual, caso essa paralisação da fábrica dure mais tempo que o definido previamente, os problemas podem ser maiores. Neste caso é possível que demissões em massa aconteçam, o que certamente é um ponto bastante negativo.

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