Já diz o ditado: a primeira impressão é a que fica. Ciente disso, marcas estreantes no Brasil precisam tomar cuidado extra quando introduzem carros novos por aqui. Afinal, seu primeiro lançamento dita como o mercado enxergará a marca. Mas por que então a escolheu o Haval H6 para começar suas atividades no Brasil?
Simples: ele é um dos SUVs mais vendidos do mundo e, por nove anos, foi o SUV mais vendido da China. Lançado em meados de 2011, o Haval H6 tomou a liderança do segmento já em 2012 com 112.262 unidades vendidas. Depois disso, ele seguiu no topo do ranking até ser ultrapassado por BYD Song Plus e Tesla Model Y em 2023.
Até hoje foram vendidos 3.843.614 unidades do SUV. Vale lembrar que, entre 2011 e 2013, ele oficialmente se chamava Great Wall Haval H6. Já em 2013, com a separação da Haval como marca independente, o modelo passou a usar simplesmente Haval H6. Para o Brasil, como a operação entre as marcas será unificada, seu nome oficial é GWM Haval H6.
Com volume de vendas tão alto globalmente, além de ser o carro mais vendido de todo o grupo Great Wall, ficou óbvia a escolha. A GWM quer criar um impacto no Brasil e peitar Jeep e Toyota. Tanto que os modelos vendidos aqui foram modificados especificamente para o nosso mercado para se adequar aos costumes tupiniquins.
Preenchendo cada canto
Mas como ele conseguiu ser o SUV mais vendido da China por quase uma década? A estratégia da GWM sempre foi de dividir para conquistar em seus modelos da Haval. A primeira geração é vendida até hoje em alguns mercados. Contudo, durante seus primeiros anos, trazia seis variantes diferentes.
Havia o H6 padrão em opção Red Label e Blue Label, H6 Sport também com as duas opções de Label e o H6 Coupé, lançado em 2015, repetindo a mesma estratégia. A ideia da Great Wall era que modelos Blue Label tivessem visual mais esportivo mirando os jovens, enquanto os Red Label traziam estilo mais tradicional.
Basicamente, a Haval eliminava a questão de não escolher um de seus carros pelo visual – afinal, se não gostasse do H6 Blue Label, tinha o H6 Sport Red Label ou o H6 Coupé Red Label e por ai vai. Todos compartilham plataforma e motores 2.0 quatro cilindros gasolina. O H6 normal e o Sport ainda traziam motores 1.5, 2.4 E 2.0 diesel.
A segunda geração chegou em 2017 repetindo a mesma estratégia. Aliás, o modelo ainda está à venda na China como variante de entrada. Havia o H6 normal com variantes Red Label, Blue Label e China-Chic. Já o H6 Coupé, apesar do nome, assumiu um estilo mais parecido com uma perua grande e também contava com as duas opções de Label.
É do Brasil
Revelado em 2020, o Haval H6 de terceira geração é o modelo oferecido no Brasil e o que racionalizou um pouco mais a gama. Ao invés de ser dividido em Labels diferentes e diversas carrocerias, ele tem apenas a variante padrão e a cupê GT. Além disso, foi o primeiro a trazer opções eletrificadas.
Na China, o Haval H6 de terceira geração traz motores 1.5 e 2.0, ambos quatro cilindros turbo apenas movidos a gasolina. Para quem está de olho em um híbrido regular, as opções são 1.5 e 2.0 aspirados. Por fim, o modelo que é oferecido no Brasil traz motor 1.5 quatro cilindros turbo ligado a dois motores elétricos, um em cada eixo.
Essa variante híbrida plug-in com tração nas quatro rodas existe apenas no Brasil – lá fora, o modelo eletrificado carregável tem tração dianteira. O conjunto aplicado por aqui é usado nos modelos da marca de luxo Wey, que não está nos planos da GWM para a nossa região.
Vendas GWM Haval H6 na China até 2023
2012 – 112.262 unidades
2013 – 217.889 unidades
2014 – 384.005 unidades
2015 – 373.200 unidades
2016 – 580.683 unidades
2017 – 506.362 unidades
2018 – 452.552 unidades
2019 – 386.405 unidades
2020 – 364.352 unidades
2021 – 370.440 unidades
2022 – 237.460 unidades
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