Em janeiro de 2021, a Ford decidiu fechar suas fábricas no Brasil e passar por um processo gigantesco de reestruturação. A marca deixou de vender carros populares para mirar em segmentos acima de R$ 200 mil. Lançou os melhores produtos que já teve por aqui e agora começa a colher os frutos.
Comparando sempre o primeiro semestre de cada ano com dados fornecidos pela , vemos que a Ford finalmente voltou a crescer. Em 2022, a marca vendeu de janeiro a julho 10.710 carros, representando uma queda fortíssima de 60,6% nas vendas. A comparação é com 2021, quando a marca emplacou 27.207 carros no primeiro semestre.
Esse número mais alto se deu por conta de restos de estoque de Ka e EcoSport. Em 2021, o primeiro semestre teve participação de 8.338 unidades do Ka hatch, 1.866 unidades do Ka Sedan e 2.964 unidades do EcoSport. Ou seja, da linha nova (e Ranger, que se manteve), a Ford vendeu 14.039 unidades.
A virada só foi acontecer agora em 2023 com elevação de 24,3% nas vendas do primeiro semestre. A Ford saiu da 14ª posição entre as marcas mais vendidas para 12° lugar. Com isso, voltou a vender mais que a CAOA Chery e que a Mitsubishi, que haviam ultrapassado a marca do oval azul após a crise.
Levando na caçamba
Hoje são as caminhonetes que dominam a Ford. A maior representante é a com 9.457 unidades, seguida pela Maverick com 920 unidades e pela F-150 com 639 unidades. Já os SUVs ainda representam uma fatia pequena dentro da marca. O Bronco não aparece nem entre os 40 SUVs mais vendidos do Brasil, enquanto o Territory ficou com 634 unidades.
Vale ressaltar que recentemente a Ford abriu um centro de distribuição de peças gigantesco em Taboão da Serra, além de manter seu centro de pesquisa e desenvolvimento na Bahia com time de engenheiros brasileiros dedicados a projetos globais. Há ainda a pista de testes em Tatuí também repleta de trabalhadores nacionais.
Até o final do ano, a marca lançará a Ranger Raptor no Brasil e o SUV elétrico Mustang Mach E. A marca ainda promete um outro lançamento, que ainda não foi revelado.
Você acha que a Ford ainda vai crescer mais no Brasil ou já atingiu seu máximo? Conte nos comentários.
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