Nos últimos tempos, a Toyota tem emprestado diversos de seus carros para serem vendidos por outras montadoras. Já há um acordo com a Suzuki para isso na Europa e agora chega a vez da Mazda. Mas, na realidade, dá para dizer que as marcas japonesas finalmente estão quites com a troca de Yaris.
Explico: em 2015 a Toyota lançou nos EUA e no México o Yaris Sedan. Já em 2018, chegou a versão hatch. Contudo, os dois modelos não eram um Yaris de verdade. Na realidade, não passavam de um Mazda 2 com dianteira modificada e troca de logotipos pelos da Toyota. Ambos, no entanto, saíram de linha em 2020.
Pouco mais de um ano depois, ocorreu o caminho inverso com o lançamento do novo Mazda 2 Hybrid na Europa. O modelo, entretanto, não é um Mazda 2 de verdade, mas sim o Toyota Yaris europeu/japonês de nova geração. E para piorar a situação, o Mazda 2 de verdade será vendido ao lado do modelo híbrido.
Mas por que a Mazda fez isso? Simples, exatamente com o mesmo motivo pelo qual a Suzuki vende versões rebatizadas e levemente modificadas de RAV4 e Corolla Touring Sports na Europa: emissão de poluentes. Por lá, as marcas tem de cumprir uma média cada vez mais baixa de elementos tóxicos lançados ao meio ambiente.
Esse valor é calculado de acordo com os números médios de poluentes de cada carro na linha. Ou seja, quanto mais elétricos e híbridos, melhor para compensar carros com motores menos generosos com a natureza. Como a Mazda não tem uma versão híbrida do 2, ficou mais fácil pegar um Yaris emprestado da Toyota. Por isso, esteticamente a única diferença entre eles são os logotipos.
Yaris híbrido
Por conta disso, o modelo será vendido por lá somente com motor 1.5 três cilindros aspirado de 92 cv ligado a um elétrico de 80 cv. A potência combinada é de 116 cv e é gerenciada por uma transmissão CVT. Como resultado, o Mazda 2 Hybrid (e o Yaris Hybrid) emite de 87 a 93 g/km de CO² na atmosfera.
São precisos 9,7 segundos para chegar aos 100 km/h. Já consumo de combustível é seu grande destaque. São 26,3 km/l na cidade e 25 km/l na estrada. Híbridos, em geral, tendem a ser mais gastões na estrada do que na cidade, ao contrário de carros puramente a combustão.
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