Lançado em 2005 junto da primeira geração do Citroën C1 e o Peugeot 107, o Toyota Aygo resolveu mudar de proposta na terceira geração. Com a Stellantis fora da parceria, o novo modelo foi desenvolvido pela marca japonesa para ser vendido na Europa e agora aposta na influência dos SUVs. É como o Renault Kwid, tentando se vender como o SUV dos compactos.
Agora construído sobre a plataforma TNGA-A, a mesma dos novos Yaris e Yaris Cross, mas que será usada no Brasil em uma variante de baixo custo, o novo Toyota Aygo ficou bem maior. Em relação ao modelo anterior, a SUVzação do Toyota rendeu a ele 9 cm a mais no comprimento, 12,5 cm a mais na largura e altura espichada em 6,5 cm.
Agora, com o sobrenome X, o Aygo X mede 3,70 m de comprimento, 1,74 m de largura e 1,52 m de altura. Comparando ao Renault Kwid, o Toyota é 2 cm mais longo, 14 cm mais largo e 5 cm mais alto. Contra o Fiat Mobi, o subcompacto da japonês tem vantagem de 14 cm no comprimento, 8 cm na largura e altura igual à da versão Trekking.
Sem eletrificação
Em comum aos modelos vendidos no Brasil, o Aygo X será equipado somente com motor 1.0 aspirado. O três cilindros conta com 72 cv e 9,4 kgfm de torque. A Toyota oferece transmissão manual de cinco marchas ou automática do tipo CVT. O problema é que a performance não é nada animadora: 15,5 segundos para chegar aos 100 km/h (0,1 segundo a mais no manual).
Como compensação, o consumo é de excelentes 21,2 km/l de média – isso sem nenhum tipo de sistema eletrificado ou auxílio de motores elétricos. De eletrônica, o que ele tem de ajuda é na segurança. O pequenino conta com piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência e assistente de manutenção em faixa.
Mais que a tampa preta
Para dar um ar de SUV ao Aygo X, a Toyota trouxe alguns elementos dos utilitários como os arcos de roda bem marcados com plásticos pretos. A dianteira exibe um simpático sorriso formado pelo vinco abaixo dos faróis e pela grade frontal na parte inferior da carroceria. As luzes são full-LED nas versões mais caras.
Chama atenção o fato de que o novo Aygo agora tem toda traseira pintada em preto, havendo apenas uma porção do para-choque na cor da carroceria. As lanternas seguem o mesmo estilo da geração anterior e a tampa é de vidro como no Fiat Mobi e no VW up! europeu. O porta-malas cresceu de ínfimos 60 litros para 231 litros.
Por dentro ele conta com elementos arredondados e partes da porta em metal exposto. O painel é analógico com uma tela monocromática ao centro, contrastando com a grande tela multimídia com Android Auto e Apple CarPlay. Cores fortes na cabine são encontradas em detalhes contrastantes.
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