Agora oficialmente operando como um grupo global e integrado a Stellantis inicia 2021 prometendo crescimento, novos carros, eletrificação e, o mais importante, atenção para todas as marcas, não somente para Fiat e Peugeot. Além disso, nenhuma fábrica será fechada no mundo, ao contrário do que aconteceu recentemente com a Ford no Brasil.
Carlos Tavares, CEO do gigantesco grupo automotivo, afirmou que algumas marcas terão finalmente a chance de sucesso. Assim, Chrysler e Lancia deverão ter mais atenção que nunca, já que hoje sobrevivem à base de praticamente um modelo cada.
Para tanto, a Stellantis colocou a Lancia no mesmo patamar de marcas premium onde Alfa Romeo e DS estão. Outra mudança de rumo será a eletrificação. O grupo promete ter pelo menos uma variante eletrificada (híbrido regular, híbrido plug-in ou 100% elétrico) de todos os seus carros lançados no futuro.
Isso permitirá uma redução drástica no custo dessas tecnologias pelo ganho em escala, outro foco da Stellantis. O grupo compartilhará plataformas e motores entre a maioria dos carros, tanto do lado Peugeot Citroën, quanto do Fiat Chrysler.
É certo que todos os modelos compactos de Alfa Romeo, Fiat e Jeep serão construídos sobre a plataforma CMP da nova geração do Peugeot 208. Ela está preparada para todo tipo de eletrificação, além de ser moderna e bastante flexível, chegando a abrigar modelos de porte quase médio como os SUVs Opel Mokka e Peugeot 2008.
Além disso, o foco do grupo não será em grandes volumes de produção e vendas, mas sim em tornar toda operação rentável. Sabe-se que hoje o lado PSA dá prejuízo nas Américas, enquanto o lado FCA não vai bem das pernas na Europa.
Ironicamente a situação das marcas do lado Fiat é ótima desse lado do Atlântico, enquanto as ligadas à Peugeot vão de vento em poupa no Velho Continente. Haverá também uma força-tarefa conjunta para ganhar terreno na Ásia e África, onde todo o grupo Stellantis não tem presença forte ainda.
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