A Ferrari surpreendeu o mundo ao registrar uma patente para um carro esportivo híbrido movido a hidrogênio. O pedido de patente descreve um sistema inovador e pouco convencional para um possível modelo da marca italiana.
O responsável pelo desenvolvimento dessa tecnologia revolucionária é Fabrizio Favaretto, que atua como Gerente de Inovação de Arquiteturas de Veículos e Powertrain na Ferrari há mais de duas décadas. Favaretto é creditado como o único inventor das várias patentes registradas tanto na União Europeia quanto nos Estados Unidos.
O projeto do carro esportivo híbrido segue uma configuração básica semelhante ao Corvette E-Ray, com o motor localizado na parte traseira e um motor elétrico na dianteira. No entanto, as similaridades param por aí. O sistema de tração elétrica no eixo dianteiro não é detalhado nos documentos disponíveis até o momento. A peça central do veículo é o motor a combustão, que utiliza gás hidrogênio e possui uma configuração em linha de seis cilindros.
Motor Ferrari invertido
Uma das características marcantes desse motor é sua montagem invertida, ou seja, o virabrequim está localizado no ponto mais alto do motor, enquanto o cabeçote dos cilindros fica de cabeça para baixo. Essa disposição possibilita a colocação do eixo de transmissão em uma posição mais alta, permitindo a instalação de um difusor mais agressivo na parte traseira do carro. Embora incomum, essa configuração já foi utilizada em alguns aviões caça da Segunda Guerra Mundial.
Outro ponto destacado nos documentos é o sistema de indução forçada do motor. Diferentes métodos são descritos para obter essa indução, como o uso de dois compressores centrífugos acionados eletricamente ou uma turbina de gás de escape capaz de recuperar energia elétrica. Além disso, existe a possibilidade de aproveitar a energia de um dos eixos da transmissão para acionar compressores de ar mecânicos.
A patente também aborda preocupações relacionadas à manutenção do motor invertido. As bombas de óleo e líquido de arrefecimento são acionadas pelos eixos de comando de válvulas, facilitando o acesso dos técnicos. Além disso, uma parte do difusor serve como tampa do motor e pode ser removida para acessar os componentes vitais.
Em resumo, o sistema desenvolvido pela Ferrari consiste em um carro esportivo híbrido sobrealimentado, com tração nas quatro rodas e movido a hidrogênio. É importante ressaltar que esses são apenas os primeiros passos desse projeto inovador e que alterações podem ocorrer conforme os engenheiros da Ferrari aprimorem e testem as ideias propostas.
Acha que a Ferrari vai lançar um motor invertido a hidrogênio ou trata-se apenas de um projeto maluco? Deixe nos comentários a sua opinião.
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