Todos esses carros que você vê rodando por aqui, em reportagens de avaliação, fazem parte de frotas de testes de montadoras. E é fato que, além de rodar com a nossa equipe para gravações e sessões de fotos – além da própria busca/devolução -, esses veículos ainda passam pelas mãos de profissionais da comunicação de todo o Brasil. Mas como lidar com esse fato em meio à pandemia causada pela Covid-19? Afinal, quanto maior o compartilhamento de itens, mais alta é a chance de contágio pelo novo Coronavírus, por isso, é necessário dedicar tempo para uma profunda higienização.
Para explicar, de maneira objetiva, os testes com carros funcionam da seguinte maneira: o jornalista pede o veículo para a montadora que, por meio de contrato de comodato, empresta o carro para teste. E todas, sem exceção, vêm tomando os cuidados necessários para lidar com tamanha rotatividade – alias, algumas barraram os empréstimos desde o início da pandemia.
Uma das empresas que lidam diretamente com essa nova realidade é a TSO, que auxilia diversas fabricantes de automóveis na criação de experiências para clientes e jornalistas por meio de seus produtos. “Entre seus serviços, a empresa tem a gestão de frota. Mas foi além e, neste período, passou a incorporar a limpeza e a sanitização”, explica o diretor de operações, Felipe Cluset.
O serviço é dividido em etapas. Com o veículo devidamente limpo, a primeira é a aplicação de germicida em todas as áreas de contato: volante, câmbio, freio de estacionamento, banco do motorista e até chave. Na sequência, é colocada uma proteção plástica em todos os pontos de contato. “Depois disso, o carro é levado ao local onde será entregue e, lá, é feita a oxi-sanitização”, explica Clauset.
A partir daí, o jornalista é a primeira pessoa a entrar no carro, que conta com um pote de álcool gel, como cortesia.
Clauset conta que após a avaliação do jornalista é feita uma checagem externa, interna e de rodagem no veículo. “Esses testes servem para saber se há alguma avaria ou desgaste e, também, constatar que o carro está alinhado, balanceado ou se há algum ruído interno. E nessa época (de pandemia), há um controle diário da temperatura dos colaboradores a fim de eliminar os riscos de contágio desde o início até o fim dos testes em questão.”
Mas o que é oxi-sanitização?
A oxi-sanitização é um procedimento que dura 20 minutos e é realizado por meio de uma maquina cuja função é transformar (por meio de processo eletrônico) o oxigênio em gás ozônio, que é oxidante e reagente e, por sua vez, consegue combater vírus e bactérias presentes no habitáculo do carro.
Essa filtragem do ar (que exige ar-condicionado ligado em velocidade máxima) tem mais uma vantagem. “A oxi-sanitização permite que esse gás penetre em superfícies impossíveis de atingir com limpezas mecânicas”, esclarece Ricardo Takahashi, diretor da Brazzo, empresa que atua na área de manutenção e higienização veicular, demanda que triplicou desde o início da pandemia.
De fato, o que era estética, e pouca gente se importava, passou a ser questão de saúde. Mas não exagere! Pois de nada adiantaria tanto trabalho sem um bom produto, então, “nunca use fórmulas que não contenham PH neutro, (porque pode provocar algum tipo de alergia). Produtos inflamáveis nem pensar!”, indica o diretor da Brazzo, cuja linha é vendida exclusivamente em concessionárias e oficinas parceiras.
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