Quando a Renault lançou a segunda geração do Duster em 2020, pouco antes da pandemia, a marca havia afirmado que ele e a Oroch seguiriam por caminhos diferentes. O SUV já até foi reestilizado lá fora, enquanto a picape permanece na primeira geração. Mas as coisas vão mudar em 2022, como indica o flagra feito pelo perfil no Instagram.

A nova Renault Oroch não passará por uma mudança de geração, como aconteceu com o Duster. A realidade é que a picape terá uma reestilização leve na dianteira e na traseira, mas pelo menos ganhará motor turbo para brigar em pé de igualdade com a Fiat Toro. Hoje o grande problema da Oroch é falta de potência e de câmbio automático.

O coração virá do Captur: trata-se do motor 1.3 TCe quatro cilindros turbo flex de 170 cv e 27,5 kgfm de torque. Ele é pareado única e exclusivamente à transmissão automática do tipo CVT, não havendo opção manual aqui no Brasil. Na Argentina existe um Duster turbo manual, mas com tração 4×4, o que não deve ser oferecido na Oroch 2023.

A mudança de motorização permitirá à picape da Renault brigar em pé de igualdade com a Fiat Toro. A rival italiana hoje entrega saudáveis 185 cv e 27,5 kgfm de torque – exatos 15 cv a mais que o motor da Renault, mas o mesmo torque. A grande vantagem da picape da Fiat, até então, é oferecer câmbio automático. Algo que seria resolvido na nova Oroch.

Briga no andar de baixo

Ela ainda terá versões com motor 1.6 SCe quatro cilindros aspirado com 120 cv e 16,5 kgfm de torque. Esse layout é importante para que a Renault continue a brigar com as versões cabine dupla da Fiat Strada. Afinal, o porte, preço e nível de acabamento da Renault Oroch é exatamente intermediário entre Strada e Toro.

Visualmente as alterações serão concentradas no para-choque dianteiro e grade frontal, que devem adotar o mesmo layout da reestilização do Duster aplicada na Índia. Interior deve ficar mais sofisticado, com melhorias de acabamento e visual inspirado na segunda geração do SUV compacto.

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