E mais uma vez a novela envolvendo a Renault Alaskan dá pano para a manga. Tudo começou com o presidente da Renault Argentina, Pablo Sibilla, confirmando que negociava com a filial brasileira a venda da picape por aqui. Depois, unidades foram flagradas desembarcando em nosso país. Mas o CEO brasileiro jogou um balde de água fria.
Durante a sessão de perguntas e respostas após a , Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, foi questionado sobre a vinda da Alaskan. O executivo confirmou que não há intenções no momento em trazer a picape no momento pois o segmento é concorridíssimo.
Posicionar a Alaskan por aqui seria difícil. Afinal, ela é uma Nissan Frontier com logotipo da Renault. E se a japonesa já tem dificuldades em engrenar no segmento, o que dirá da francesa que não tem tradição nessa categoria. Além disso, os preços e equipamentos parecidos fariam com que uma brigasse diretamente com a outra de maneira desnecessária.
A Renault já testou a reação do público à picape no Salão do Automóvel de 2016 e depois em 2018. Ela não se fez presente na apresentação para a imprensa, surgindo somente no dia seguinte discretamente em um canto do estande da marca francesa.
Para justificar a vinda de algumas unidades da picape para o Brasil, Gondo afirmou que os modelos importados vieram para homologação do motor. As unidades serão encaminhadas para a engenharia de São José dos Pinhais (PR) e retornarão à Argentina depois disso, garante o presidente.
Mas esse movimento, novamente, levanta uma suspeita. Afinal, o motor 2.3 biturbo diesel já está homologado pela Nissan na Frontier. Por que a marca francesa precisaria homologá-lo novamente usando a sua picape? E qual o motivo a Renault teria para homologar um motor para não usar?
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