O novo Audi Q8 e-tron foi apresentado nesta semana cheio de pompa e circunstância pela marca alemã. Primeiro elétrico da montadora vendido no mercado brasileiro, o SUV passou por uma reestilização e agora exibe o nome Q8 em complemento ao e-tron, para se adequar ao novo padrão da fabricante.
Além de mudar o nome do modelo, deixando o SUV elétrico no padrão dos modelos a combustão da Audi, a marca aproveitou para dar um tapa no visual. Mesmo ainda sendo um carro recente e com um visual que ainda era atual, a reestilização do agora Q8 e-tron deixou seu design ainda mais refinado.
Na frente, o para-choque é novo, assim como a grade, que passa a ser pintada na cor do veículo e manteve o sistema ativo. Ele permite que as aletas abram ou fechem de acordo com a necessidade do veículo, o que pode melhorar o arrefecimento, quando abertas, ou torná-lo mais eficiente na aerodinâmica, quando fechadas.
Além disso, a dianteira agora exibe o novo logotipo da Audi, que é mais minimalista e fino, mas mantendo as características quatro argolas. Por fim, há uma iluminação indireta bem acima do logo, que pode não me agradar tanto, mas é uma tendência atual de design dos carros.
Na lateral, a maior mudança foi que agora o nome da Audi, do carro e da versão passam a ser inscritos na coluna B. Acaba ficando um pouco escondido, mas dá um certo charme ao veículo. As rodas também são novas, sendo aro 22, ante as de aro 21 que vinham com o e-tron anterior.
Quando visto de traseira, é possível notar o novo para-choque do SUV, com um extrator. Como é de se imaginar, o nome Q8 passa a ser estampado na tampa do porta-malas.
Primeiro contato com o Q8 e-tron Sportback
Assim como acontecia anteriormente, o Q8 e-tron está disponível em duas carrocerias: Sportback e SUV convencional. No test-drive, acabei dirigindo o primeiro modelo, que tem o caimento do teto no estilo cupê. Infelizmente, o contato com o carro foi rápido, por apenas 15 minutos, mas foi possível observar algumas características.
O trajeto escolhido pela Audi envolvia uma pequena serra no Rio de Janeiro, onde no final dela fica a Vista Chinesa, um mirante que premia o visitante com uma vista panorâmica da cidade maravilhosa. Por ser um trajeto urbano e com muitos pedestres e ciclistas subindo o morro, não foi possível utilizar todo o desempenho o SUV.
E olha que mesmo sendo um gigante de 5 metros de comprimento e 2.715 quilos, a agilidade do Q8 e-tron é algo bastante notável. Seus dois motores elétricos produzem 408 cv e 67,7 kgfm de torque, o suficiente para levar o modelo até os 200 km/h, sendo que são necessários apenas 5,6 segundos para ele atingir os 100 km/h.
Neste breve contato, foi possível notar algumas características, como o conforto no rodar, o evidente silêncio a bordo e a força do motor. Basta um leve toque no acelerador para o SUV deslanchar.
O interior permanece o mesmo, mas isso não chega a ser negativo, já que a cabine é bem moderna e aconchegante. Espaço também não falta no carro, e mesmo tendo 1,87 m de altura, consigo me acomodar com conforto no banco de trás da carroceria Sportback.
Mas há também pontos irritantes e que ficaram explícitos logo neste primeiro contato. O ajuste elétrico de profundidade e altura da coluna de direção tem resposta lenta, me fazendo preferir a boa e velha alavanca.
E sim, precisamos falar dos retrovisores com câmera. É muito estranho ter que olhar para a coluna e não para a peça em si, como acontece em todos os carros. Também é um pouco irritante precisar ajustar o ângulo de visão na tela. Ao menos a definição da câmera é muito boa, mas na hora de manobrar o SUV, sempre parece que o carro ou objeto está mais próximo da traseira do que realmente está.
A tecnologia sempre é bem-vinda, mas nesses dois exemplos, reinventar a roda nem sempre é tão benéfico assim. Por isso, ainda prefiro a regulagem manual da coluna de direção e um retrovisor convencional.
Melhora positiva
O design sempre é um ponto particular. O e-tron anterior já era bem bonito e com linhas modernas, e o agora Q8 e-tron ficou ainda mais refinado no desenho. Porém, a principal mudança do carro está na bateria, que mesmo mantendo o tamanho, teve sua capacidade de carga aumentada.
Agora, a bateria tem 114 kWh de capacidade, ante 95 kWh do modelo anterior. A velocidade de carregamento também foi ampliada para até 170 kW, o que permite recarregar de 10% a 80% em cerca de 30 minutos. A autonomia é de 571 km, no SUV, e de 594 km, no Sportback, quando considerado o ciclo WLTP. Já nos padrões brasileiros, são 332 km e 342 km, respectivamente.
Veredicto
A evolução visual do Q8 e-tron foi bastante positiva. O modelo ficou mais moderno, e segue chamando a atenção por onde passa. Entretanto, as principais mudanças foram onde ninguém consegue ver até andar no carro, como o novo conjunto de baterias e a relação mais precisa da direção.
Certamente, quem busca um SUV elétrico de luxo, precisa dar uma olhada no modelo da Audi, que agradou bastante nessas primeiras impressões. Entretanto, os preços que começam em R$ 669.990 e vão até R$ 711.990 mostram que o modelo é para poucos.
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