Depois de anos tentando emplacar a ideia de um microcarro urbano, a Smart tomará novos rumos em sua carreira. Agora investindo em SUVs e mobilidade elétrica, a marca passará por essa drástica mudança graças à venda de 50% da companhia para a chinesa Geely (dona da Volvo).

A ideia com a Smart é oferecer um utilitário esportivo com porte compacto, mas não tão pequeno quanto ForTwo ou o ForFour. Segundo o vice-presidente da Smart, Daniel Lescow, em entrevista ao , “comprimento do veículo não é mais um fator decisivo para nós. Redefinimos os padrões da Smart”.

Com isso, a marca deixará de ficar refém do segmento de subcompacto e de ter apenas carros menores que a média do mercado. Ainda assim, os futuros SUVs da Smart terão de ser menores que Mercedes-Benz GLA e Volvo XC40 para não arrumar briga dentro de casa.

A marca pretende integrar seus carros à internet, permitindo atualizações remotas rápidas – tal qual faz a Tesla. Além disso, investirá em vendas online por canais digitais na Europa e na China. Novamente inspirados na fabricante de Model S, Model 3, Model X e Model Y.

Confiante na nova empreitada, Daniel afirmou que “o potencial é vasto não somente na Europa, como na China. Os SUVs se tornaram o tipo mais popular de carro na China. Estamos convencidos de que nosso novo SUV vai se estabelecer como líder no segmento”.

Vale lembrar que esse modelo será totalmente elétrico, seguindo a estratégia adotada pela Smart há poucos anos onde converteu toda sua linha em modelos movidos a bateria. Essa não é a primeira vez que a marca flerta com o mundo dos SUVs.

Ela chegou a desenvolver no Brasil o ForMore, que seria um SUV compacto com porte de Ford EcoSport de primeira geração exatamente na época em que o utilitário do Fiesta havia sido lançado. Houve também o conceito ForStars que mostrava uma interpretação de SUV cupê subcompacto da Smart e que ilustra essa matéria.

>>Volvo XC40 é o SUV compacto de luxo definitivo? – Avaliação

>>Mazda, Geely e outras marcas que desistiram do Brasil e evoluíram muito

>>CAOA, dona da Volvo e mais chinesas interessadas em fábrica da Ford