A Stellantis revelou que a Fiat será a primeira marca do conglomerado a estrear o conjunto híbrido-leve Bio-Hybrid no Brasil. O modelo segue um mistério, mas ele será lançado já em novembro deste ano. O conjunto eletrificado terá o Polo Automotivo de Betim, em Minas Gerais, como seu berço de produção.
Segundo o comunicado da empresa, o polo de Betim possui áreas estratégicas como Tech Center, Safety Center, Virtual Center e Development Center e todas se uniram para criar o conjunto de motores eletrificados Bio-Hybrid. A planta possui a capacidade de produção de 1,1 milhão desses propulsores por ano. O conjunto eletrificado pode equipar diversos carros da Stellantis produzidos no Brasil.
Na visão de Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para América do Sul, a Fiat estrear o conjunto híbrido-leve flex e produzido por aqui representa um marco para a história da indústria automotiva brasileira. Ele disse que o conjunto foi desenvolvido para o mercado brasileiro e mais lugares que usem o biocombustível, como o etanol.
Qual carro será o primeiro?
O desenvolvimento do projeto Bio-Hybrid da Stellantis está dentro do seu programa de descarbonização Dare Forward 2030. A empresa quer reduzir em até 50% as emissões de gases poluentes de seus veículos até 2030 e quer zerar a emissão de carbono até 2038. Emanuele pontuou que o sistema Bio-Hybrid é uma solução inteligente e natural.
Vale lembrar que bem antes da Fiat ser a responsável por estrear o conjunto híbrido-leve flex da Stellantis por aqui, ela foi a pioneira na produção do primeiro carro movido a etanol produzido em série no mundo. Isso foi em 1979 com o lançamento do hatch 147. Para finalizar, a Stellantis descreveu como são os sistemas eletrificados do conjunto Bio-Hybrid.
O primeiro deles é o Bio-Hybrid MHEV. Aqui, um sistema elétrico substitui o alternador e motor de partida e ele fornece energia elétrica e mecânica, gerando potência e torque extra ao motor a combustão. Tem ainda uma bateria de íon de lítio de 12V que opera paralelamente ao sistema elétrico convencional do modelo. É este conjunto híbrido que equipará um carro da Fiat em breve.
Este conjunto proporciona uma redução do consumo de combustível. Depois dele, está o sistema Bio-Hybrid e-DCT. Aqui, já existem dois motores elétricos, sendo um o substituto do alternador e motor de partida e outro fica instalado junto da transmissão do modelo. A bateria é de íon de lítio de 48V, dá suporte ao sistema elétrico e é alimentada por ele.
Há uma gestão eletrônica para que o modelo possa operar em modo térmico, elétrico ou híbrido e sempre otimizando a eficiência e a economia de combustível. Por fim, o último sistema híbrido é o Bio-Hybrid Plug-in. A bateria neste caso é de íon de lítio de 380V, pode ser carregada nas desacelerações, pelo motor a combustão do modelo ou ser conectado em uma tomada externa.
A plataforma ainda permite que o motor elétrico envie potência diretamente para as rodas do carro. No entanto, os primeiros carros da Fiat com sistema híbrido deverão ser do tipo leve e serão a dupla de SUVs Fastback e Pulse. A Stellantis também desenvolveu o conjunto 100% elétrico do sistema Bio-Hybrid.
Nele, o modelo terá um motor elétrico de alta tensão e é energizado por uma bateria de 400V, e recebe a energia por regeneração ou se estiver conectado em uma tomada externa. Torque instantâneo, acelerações rápidas e responsivas, sonoridade customizável e desempenho notório mesmo em baixas velocidades são seus pilares.
Está ansioso para ver o primeiro carro híbrido-leve flex da Fiat no Brasil? Conte nos comentários