As montadoras só conseguem viver plenamente com o auxílio e o fornecimento das peças vindas dos seus fornecedores. O conglomerado Stellantis tem diversos fornecedores, mas um em específico está dando uma dor de cabeça tão grande, que a briga entre elas foi parar nos tribunais e milhões de dólares estão envolvidos na situação.
O que aconteceu é que no ano passado, a Yanfeng é uma fornecedora que envia para as marcas cuidadas pelo conglomerado partes dos carros como o console central, painel das portas e o painel de instrumentos. Só que, a marca chinesa sofreu um ataque cibernético e por isso teve de interromper sua fabricação. Desse modo, a entrega dos componentes para os carros da Jeep e Ram foi afetada duramente.
Como o fornecimento dessas peças foi afetado, a Stellantis foi obrigada a paralisar a fabricação de modelos em três plantas, uma em Detroit, nos Estados Unidos e outras três fábricas localizadas no México. Essa paralisação rendeu danos de US$ 26 milhões ao grupo automotivo ou cerca de R$ 136 milhões. Os executivos cobraram imediatamente o fornecedor, segundo o portal . Só que, os funcionários da empresa chinesa ameaçaram rescindir o contrato.
Rigidez é a nova ordem
O clima seguiu instável entre as empresas até janeiro. No primeiro mês de 2024, a Yanfeng não forneceu seus componentes em três ocasiões para as marcas do grupo. Novamente, a montagem foi afetada. Desta vez, 6 mil veículos não saíram das plantas e US$ 300 milhões foram perdidos. Nisso, os executivos do conglomerado entraram na justiça pedindo uma liminar. Na ação, um dos advogados do grupo afirmou que danos irreparáveis podiam acontecer com a empresa automotiva.
No fim de janeiro, um juíz ordenou que a Yanfeng enviasse suas peças produzidas para as marcas da Stellantis. Contudo, a marca chinesa acionou seus advogados, alegando que o conglomerado encomendava os componentes e cancelava os pedidos de última hora. Isso prejudicava os lucros em relação à mão de obra, armazenamento e produção.
Entretanto, a história vai longe. A Stellantis também está com uma relação abalada com seus fornecedores de fixadores, pinhões e engrenagens que compõe a transmissão dos seus carros. Segundo os funcionários dessas fornecedoras, o conglomerado está mais rígido em seus contratos e já não tolera mais pedidos por aumento dos custos de produção.
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