Nos últimos anos, as fabricantes têm levantado bandeira sobre a eletrificação total. Diversas marcas se comprometeram a só ter carros elétricos no mundo inteiro. Só que aos poucos elas foram desistindo. A GM já fez isso, a Mercedes reviu planos de eletrificação total, enquanto as japonesas nunca quiseram isso. Agora, chega a vez da Renault entrar no grupo.
Segundo o CEO da Renault, Luca de Meo, “a questão não é 2030 [prazo que muitas marcas determinaram que seriam 100% elétricas]. Nós vamos seguir a tendência com duas competitivas ofertas em nossa linha, como duas pernas”. A referência do executivo é sobre a estratégia de ter carros elétricos totalmente diferentes dos a combustão.
Hoje, a Renault já desenvolve seu plano de eletrificação oferecendo modelos complementares na linha. Na Europa, temos o Clio a combustão, enquanto o 5 faz o papel de elétrico. O Captur é o SUV elétrico de entrada, que vive ao lado do Megane como representante elétrico. Já o Austral é combustão e o Scénic elétrico, com mesmo porte.
Ou seja, a ideia da Renault é ter praticamente duas marcas em uma. A fabricante terá carros elétricos de um lado, com visual bem diferente e certo apelo retrô, enquanto os modelos a combustão seguirão vivos e evoluindo. Claro que, para os bebedores de suco de dinossauro, haverá opções híbridas de todos os tipos.
Mais que isso, não
Para a Renault, segundo a matéria do , é impossível que os carros puramente a combustão e híbridos representam menos de 40% do mercado global em 2040. Isso é especialmente delicado e fato quando se leva em consideração mercados emergentes, como Brasil e Índia, que tem volumes enormes e pouca estrutura para elétricos.
Enquanto isso no Brasil, a marca já anunciou que sua nova plataforma CMF Global dará origem a um modelo totalmente elétrico. O que não é sabido ainda é se esse modelo será como o Kwid, ou seja, com versão a combustão e outra elétrica. Ou se repetirá a estratégia da Europa de ter dois modelos totalmente diferentes, mas do mesmo segmento.
Você acha que a Renault está certa em não apostar totalmente nos elétricos? Conte nos comentários.
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