Responsável pelo renascimento da Dacia no mundo após ter sido adquirida pela Renault completamente em 2004, o Logan não tem a mesma força de antigamente. Ao contrário de Sandero e Duster que vêm crescendo globalmente a cada ano que passa, o sedã compacto vêm minguando e pode ter seu futuro colocado em cheque.
Prova disso é o Dacia Logan já começou a ser removido de diversos mercados europeus. O movimento é bastante semelhante ao que ocorreu no Brasil, onde a Renault cortou quase todas as versões automáticas do sedã compacto e deixou a gama mais enxuta.
Atualmente, dos 23 países da Europa que a Dacia atua, o Logan está presente em 14. Contudo, mercados gigantescos como Alemanha, França, Itália e Reino Unido já não contam com o Logan nas concessionárias da Dacia.
O atual foco da parceira de baixo custo da Renault é em Sandero e Duster, com suporte das minivans Dokker e Lodgy para a linha comercial. Apenas para exemplificar a falta de força do Logan na Europa, em 2019 ele vendeu 61.304 unidades junto da versão perua Logan MCV, enquanto o Sandero (junto ao Stepway) emplacou 223.186 unidades no mesmo período.
A próxima geração do sedã da Dacia e da Renault fiquem restritos somente a mercados do Leste Europeu e outros mercados voltados a carros de custo mais baixo, como o Brasil e a América Latina como um todo.
A Renault e a Dacia já estão preparando a nova geração do Logan. Na pratica essa será a terceira geração do sedã, mas, tecnicamente, será a segunda, visto que somente agora o modelo mudará de plataforma. Ele usará a base CMF-B que já está presente nos novos Renault Clio e Captur europeus.
A plataforma será empregada também no Brasil em toda família Sandero e Logan, além de modelos da Nissan. Apesar da baixa na Europa e do corte de versões por aqui, a vida do Renault Logan ainda é garantida, visto que o modelo vende relativamente bem. A nova geração, que será mais sofisticada e terá motor turbo, deve aumentar as vendas.
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