O Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). De acordo com o site , com isso as empresas podem retomar as habilitações suspensas desde 1º de junho, quando a Medida Provisória (MP) que criou o projeto perdeu força de lei.
Até o momento, segundo o , já foram habilitadas 89 empresas de nove estados no Programa Mover. Dessas, 70 são para unidades fabris responsáveis por já produzirem autopeças, 10 para veículos leves, seis para veículos pesados e duas para centros de pesquisas e desenvolvimento (P&D).
Além disso, há o projeto de relocalização de uma fábrica de motores da na unidade de Betim (MG), com investimento previsto de R$ 454 milhões e a geração de 600 empregos diretos, segundo o .
As empresas habilitadas estão em São Paulo (32), Rio Grande do Sul (24), Minas Gerais (10), Paraná (10), Santa Catarina (7), Rio de Janeiro (2), Pernambuco (2), Bahia (1) e Amazonas (1).
Quais são os desafios?
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do MDIC, afirmou que o Brasil tem dois desafios: aumentar o investimento e a produtividade, objetivos que o Programa Mover incorporam juntamente com a descarbonização.
Os investimentos no setor automotivo já ultrapassaram R$ 130 bilhões. “São R$ 3,5 bilhões de crédito financeiro, neste ano, para que as indústrias invistam em descarbonização, eficiência energética e inovação, impulsionando a atividade industrial”, explicou Alckmin.
Ele destacou ainda o aumento de 15% nos emplacamentos de veículos no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023.
Programa Mover e a volta do Salão do Automóvel?
Construído pelo MDIC, em parceria com os ministérios da Fazenda e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Programa Mover prevê um total de R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros entre 2024 e 2028, que podem ser usados pelas empresas para abatimento de impostos federais em contrapartida a investimentos realizados em P&D e em novos projetos de produção.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou a volta do Salão do Automóvel, argumentando que a indústria simplesmente abandonou o evento, que era uma marca registrada da produção do país. “Com a quantidade de indústria e revolução que estamos fazendo, como é que pode não convidar o mundo para vir aqui agora? Como eles vão valorizar se a gente não mostra?”, questionou novamente.
Realizado desde 1960, o Salão do Automóvel de São Paulo ocorreu pela última vez em 2018, bianual. A edição seguinte de 2020 foi cancelada devido à pandemia e não voltou mais a acontecer pela baixa adesão e falta de interesse das montadoras.
Muitas alegaram os custos elevados para participar do evento. Desde então, está em discussão um novo formato que permitisse, por exemplo, test-drive e a comercialização dos veículos no evento. Dessa forma, o Salão de São Paulo poderia retornar como um grande showroom para as marcas.
O Presidente da (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio Leite, já deu vários depoimentos sobre o retorno do Salão, o que poderia acontecer em março de 2025. Contudo, a questionou as marcas e publicou uma reportagem mostrando que ainda existe pouco interesse concreto das fabricantes de automóveis.
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