Há um bom tempo se fala sobre uma picape média da Kia. A divisão australiana da marca afirmava categoricamente que teria uma caminhonete para brigar com Ford Ranger e Toyota Hilux. O modelo, inclusive, tinha planejadas versões cabine simples, cabine dupla, motores diesel e gasolina. Mas tudo foi por água abaixo.

Em entrevista à , Damien Meredith, chefe de operações da Kia Austrália jogou um balde de água fria: “não tivemos nenhuma resposta definitiva da chefia da Kia. Toda vez que eu o vejo [Mr Song, presidente da Kia], ele diz: ‘eu entendo o que você diz Damian, mas vamos esperar e ver’.”, comenta o executivo.

A grande questão, segundo o executivo, é que a matriz da Kia não dá luz verde para o projeto. Na divisão da australiana, havia perspectiva de 20 mil unidades da caminhonete vendidas por ano, algo em torno de 1.600 unidades mensais. Isso a tornaria detentora de 10% do mercado, vendendo menos apenas que Toyota Hilux e Ford Ranger.

Hoje a Austrália é o maior mercado consumidor de picapes em termos de volume. Do total de carros vendidos por lá, 20% são caminhonetes. Haveria outra vantagem também: a Kia poderia introduzir seu modelo nos EUA onde o mercado por picapes médias está crescendo verticalmente.

Ela seria uma interessante passagem da Hyundai Santa Cruz para um segmento superior. Além disso, havia intenção de ter um modelo derivado para a marca que produz o HB20 e o Creta. Os motores seriam os mesmos usados pelos modelos da Genesis, já preparados para tração traseira. Inclusive o turbo diesel 3.0 seis cilindros.

“Fizemos a lição de casa”, comenta Damien, “mas não é da nossa alçada, é da sede da Kia e eles ainda não nos deram uma resposta concreta”.

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