A Honda está voltando para o setor de carros movidos a hidrogênio com uma versão impulsionada por células de combustível do CR-V. Enquanto algumas empresas constroem modelos hidrogênio-elétricos para conhecer a tecnologia, a montadora japonesa enfatiza que o CR-V e:FCEV é um modelo de produção regular com uma quantidade utilizável de autonomia rodando com hidrogênio, eletricidade ou ambos.
Detalhes de design, como uma frente específica para a motorização com células de combustível, com uma grade menor e uma entrada de ar inferior maior, ajudam a diferenciar o e:FCEV do CR-V padrão. A história é semelhante no interior, onde o layout básico é derivado das demais versões do SUV.
Há espaço para cinco passageiros, o que é impressionante considerando que o trem de força movido a hidrogênio ocupa mais espaço do que um motor convencional. O interior manteve o painel de instrumentos digital de 10,2 polegadas e a central multimídia de nove polegadas, compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Os bancos dianteiros são aquecidos e com ajuste elétrico.
Motor do Honda CR-V híbrido
A Honda desenvolveu o trem de força em conjunto com a GM, já que as duas eram parceiras até há alguns meses. O sistema consiste em dois tanques de armazenamento de hidrogênio, sendo um sob os bancos traseiros e outro sob o assoalho do porta-malas, uma célula de combustível e um motor elétrico, ambos localizados debaixo do capô, além de uma bateria de 17,7 kWh integrada ao piso.
A Honda se aventura na tecnologia de hidrogênio há mais de 20 anos, e aproveitou essa experiência ao desenvolver o novo sistema que alimenta o e:FCEV. Ela destaca que o trem de força é mais durável, mais eficiente e mais barato de construir do que seu antecessor.
O sistema fornece 174 cv para as rodas dianteiras; tração nas quatro rodas não está disponível. A Honda destaca que encher os tanques de hidrogênio garante uma autonomia máxima de 434 km. Nessa configuração, o hidrogênio gasoso entra na célula de combustível, onde reage com o oxigênio para criar a eletricidade que movimenta as rodas. Alternativamente, os usuários podem conectar o e:FCEV como um carro elétrico para recarregar a bateria e dirigir até 46 km apenas com eletricidade. A Honda argumenta que essa configuração oferece o melhor dos dois mundos aos motoristas: eles podem usar o CR-V e:FCEV como um carro elétrico para o trajeto diário e podem alternar para o hidrogênio em viagens mais longas.
A construção de um CR-V que funciona com hidrogênio exigiu uma reengenharia do sistema de suspensão e do chassi. Os engenheiros aumentaram a rigidez lateral traseira em 10%, aumentaram a rigidez de torção traseira em 9% e equiparam o modelo com molas, amortecedores e barras estabilizadoras específicos em ambas as extremidades.
Produzido em Marysville, Ohio, nos Estados Unidos, o CR-V e:FCEV estará disponível ainda este ano para os americanos. Porém, não será possível comprá-lo, pois a Honda vai adotar um sistema de aluguel para o modelo, igual a Volkswagen faz com seus elétricos no Brasil. Inicialmente, somente moradores da Califórnia vão poder alugar o CR-V a hidrogênio.
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