Mesmo após anunciar que a greve de 29 dias sem produção havia acabado, a Renault enfrenta novamente paralisação em sua linha de fabricação no Brasil. Os funcionários decidiram por não fabricar nenhum carro da marca entre os dias 11 e 12 de junho. Com isso, esperam que a montadora francesa faça outro acordo.
Em uma assembleia realizada no último dia 11, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba debateu acerca da volta de produção na planta da marca em São José dos Pinhais, no Paraná. Rejeitada, a volta aos trabalhos, segundo o presidente do sindicato, Sérgio Butka, foi criada depois que a montadora rompeu as negociações que foram feitas recentemente.
De acordo com informações do portal , os funcionários até voltaram a produzir um certo volume de carros da Renault nas instalações. Só que, as negociações continuavam acontecendo. O problema é que elas foram cessadas. Então, o protesto foi desenvolvido para que os executivos voltem a conversar com os funcionários ou pelo menos sinalizem a intenção de escutar suas propostas sobre melhorias.
Greve foi considerada ilegal
Nas instalações paranaenses, saem modelos como os SUVs compactos Duster e Kardian, o hatch subcompacto Kwid e mais modelos. Na última semana, a greve foi julgada pelo Tribunal Regional do Trabalho e foi considerada ilegal. Foi por isso que a produção foi retomada. Com os 29 dias de greve, 16,4 mil carros deixaram de ser produzidos.
Segundo os executivos da Renault, logo após o Tribunal dar ser veredicto, as conversas foram retomadas. Contudo, traziam avanços em temas como pauta social, reajuste dos salários, melhorias no programa de participação nos resultados e mais novidades. Todavia, a nova greve foi feita sem aviso prévio e a marca levou o problema para a Justiça do Trabalho. Por lá será decidas as condições do acordo coletivo.
Acordos acertados
Os operários pediam abono de R$ 30 mil na participação dos lucros e resultados. Entretanto, o valor de R$ 25 mil foi mantido e uma antecipação de R$ 18 mil foi proposta. Foi acrescido que o PLR de 2025 terá o valor final corrigido pelo INPC. Os funcionários pediram também que o reajuste dos salários fosse de 3,02%, seguindo o PIB de 2022.
O que foi proposto foi de 0,5% do aumento real e em 2025, sua correção levaria em conta o INPC. Já o vale-mercado, também reivindicado, passaria a ser de R$ 1,3 mil. No caso dos absenteístas, o sindicato desejava a contratação de 300 profissionais, mas a Renault confirmou que contratará 70 novos funcionários.
Por isso, tanto o segundo turno do dia 11 e o primeiro turno do dia 12 de junho não foram realizados. Uma nova assembleia havia sido marcada para o último dia 12 e ainda não há novas informações.
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