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Dupla faz viagem de 24 mil km a bordo de uma Caravan

 Perua de 1976 foi adaptada para desbravar os quatro cantos do Brasil

Expedição Raiz foi o nome escolhido para a longa viagem realizada por dois amigos, que decidiram cair na estrada e rodar o país por oito meses a bordo de uma Chevrolet Caravan 1976. E você, teria coragem de cair na estrada com um carro antigo?

Os autores dessa road trip foram os fotógrafos Otávio Lino e Marcio Sanches, que compraram o veículo especificamente para cumprir  o objetivo de conhecer doze lugares no Brasil que tivessem uma paisagem única, com cenários novos ou consagrados no ecoturismo nacional.

Marcio Sanches (à esq.) e Otávio Lino (à dir.) (divulgação)

Para rodar os 24.000 quilômetros de estrada, a dupla escolheu uma Caravan 1976, que traz originalmente um motor quatro cilindros de 2,5 litros de 94 cv e 18 kgfm de torque — suficiente para a perua de tração traseira passar por estradas mal pavimentadas (cenário bem comum Brasil afora). Em tempo: antes de começar a jornada, os amigos trataram de realizar uma revisão completa das partes mecânica e elétrica do carro.

De acordo com Lino e Sanches, durante a viagem era difícil ultrapassar os 80 km/h, chegando às vezes a 90 km/h, no máximo. A vantagem disso? O consumo de combustível! “O carro fazia uma média de 10 km por litro”, afirma Otávio.

Entre as mudanças feitas na Caravan está o novo jogo de pneus – de Volkswagen Kombi, com rodas de 14 polegadas. E a robustez do conjunto parece ter ficado comprovada, já que apenas um pneu furou – e depois de rodar mais de 20 mil km. Detalhe: o furo foi tão pequeno que a roda nem precisou ser retirada do veículo. Para garantir mais segurança já que a viagem era longa, a dupla levou dois estepes de pneus usados no bagageiro — mas eles nem precisaram ser usados.

Para levar tudo o que precisavam e ter o mínimo de conforto foram necessárias algumas modificações na parte interna do carro como, por exemplo, a substituição do volante original por um volante de Chevrolet Kadett, além de dois bancos dianteiros de Citroën C3 — mais confortáveis para aguentar a duração da viagem. Duas tomadas de 110v e lâmpadas de led também foram instaladas para garantir uma estação de trabalho dentro do carro.

O banco traseiro foi retirado para dar lugar a um baú, usado para acomodar equipamentos como câmeras, drone, computadores e discos rígidos de armazenamento (HDs). O espaço que sobrou na parte traseira, com o tamanho de uma barraca de camping, era o suficiente para tirar uns cochilos.

Cada centímetro da Caravan foi bem aproveitado: no lugar do estepe foi instalado uma geladeira elétrica e um galão de água; já o espaço onde originalmente ficava o macaco foi transformado em uma dispensa para alimentos.

Expedição Raiz (divulgação)

Visualmente, a Caravan passou por um trabalho de restauro. Além dos compartimentos internos, o veículo recebeu um bagageiro de teto com um par de farol de milha, que acolheu dois estepes e um baú com uma cozinha completa – sim, tinha mesa, banquetas, fogão e todos os itens necessários para uma refeição completa na hora que o estômago pedia arrego. Completando o “pacote”, esse compartimento externo também serviu de base para equipamentos de mecânica a fim de garantir a manutenção do veículo, com peças extras, macaco, chaves e cordas.

A Expedição Raiz começou em São Paulo e passou por diversas regiões do Brasil, incluindo cavernas do Vale do Ribeira (interior de São Paulo), Aparados da Serra, no Sul do país, Pantanal (MT), Chapada dos Veadeiros (GO), Jalapão (TO) e Mamirauá (AM). Depois foi a vez de subir mais e descobrir maravilhas como Lençóis Maranhenses (MA), Cariri Paraibano (PB) e Chapada Diamantina (BA). Depois de percorrer todos esses pontos, a expedição passou ainda pelas montanhas da Serra da Mantiqueira e teve fim no Saco do Mamanguá (RJ).

Mais detalhes da  onde serão publicadas 12 reportagens com todos os detalhes da aventura. Confira abaixo um vídeo com a transformação da Caravan 1976 utilizada na viagem:

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