A Toyota está considerando a produção da nova caminhonete urbana e de trabalho chamada Projeto IMV 0 em sua fábrica de Zárate, na Argentina. Este utilitário já é comercializado em mercados da Ásia e da América Latina sob os nomes Hilux Champ e Hilux Stout.
Ambos os modelos compartilham a mesma linha de montagem da Hilux e do SUV SW4, o que possibilita o uso dos mesmos componentes de chassi e praticamente todo o powertrain das versões básicas da caminhonete Hilux.
No entanto, para dar início à produção da nova caminhonete, será necessário desenvolver componentes locais, incluindo áreas de estamparia, revestimentos interiores e componentes eletrônicos. Essa iniciativa busca não apenas a viabilidade econômica, mas também a criação de empregos na região.
A motorização prevista inclui um motor 2.4 turbodiesel de 150 cv, acoplado a um câmbio manual de seis marchas e tração traseira. Essas características destacam a robustez e a versatilidade do modelo, que atende às necessidades do consumidor latino-americano.
Os obstáculos da nova caminhonete
Entretanto, a Toyota Argentina enfrenta um obstáculo significativo: o custo de produção local da nova caminhonete é mais alto do que a importação do modelo da Tailândia. De acordo com informações obtidas pelo Motor1 junto a fornecedores, o custo de produção local pode ser de 15% a 20% maior, dependendo da quantidade de equipamentos e da cotação do dólar.
Além disso, a Toyota avaliou a possibilidade de produzir em regime de Montagem de Kit de Importação (IKD). No entanto, essa alternativa impede a concessão de benefícios fiscais e aduaneiros para novos produtos. Apesar dos desafios, o projeto da nova caminhonete não foi cancelado; uma análise detalhada será realizada para decidir a viabilidade da produção local.
Há também a possibilidade de uma versão híbrida no futuro, mas ainda sem confirmação oficial. A inclusão de uma motorização híbrida poderia alinhar a Toyota às tendências globais de sustentabilidade e inovação no setor automotivo.
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