Renovando seu portfólio e em busca de mais rentabilidade, a Citroën tirou de linha dois de seus modelos mais icônicos: C4 Cactus e C4 Picasso. Mas se você mora no Brasil, fique tranquilo pois o SUV compacto continua firme e forte por aqui, afinal, ele é o carro mais vendido da PSA no país.
A aposentadoria do C4 Cactus, segundo o site francês , após apenas uma geração se da pelo fato de que ele foi substituído pelo novo C4, que tem jeito de SUV cupê, como o Volkswagen Nivus. Nascido para ser um misto de hatch médio com SUV compacto, o C4 Cactus estreou em 2014 com estilo extremamente exótico.
Ele trazia bolsas de ar nas laterais, traseira e frente para evitar choques na carroceria, os Airbumps. Mudou de visual em 2018, ficou menos diferentão e mais hatch, tomando de vez o lugar do C4 hatch tradicional. Chegou ao Brasil pouco tempo depois com produção nacional, suspensão elevada e assumindo seu lado SUV.
O resultado foi nítido, tanto que ele é, desde seu lançamento, o carro mais vendido da PSA no Brasil. Por conta disso, a sobrevida do C4 Cactus por aqui está garantida por mais alguns anos. É possível que o modelo ganhe uma reestilização brasileira em alguns anos para se manter na ativa antes de ser substituído por outro SUV na plataforma modular CMF.
Já a C4 Picasso, rebatizada como C4 SpaceTourer em 2018, se despede do mercado como mais uma vítima do SUVs. Muitos compradores da minivan estavam migrando para o Citroën C5 AirCross ou para os Peugeot 3008 e 5008.
A grande virtude das irmãs C4 Picasso e Grand C4 Picasso era o espaço interno e oferta de sete lugares, algo que os SUVs também oferecem (lugares extras somente no 5008 e na Grand C4 Picasso). Com vendas cada vez mais baixas, a manutenção delas em linha não fez mais sentido.
Entre as minivans, o nome Picasso é um dos mais icônicos, visto que é usado há três gerações (uma como Xsara Picasso e duas como C4 Picasso). Houve também a menor C3 Picasso, hoje representada pelo crossover Aircross vendido somente no Brasil. Com a baixa, a PSA deixa de ter minivans em todas as suas marcas.
Por fim, o Citroën C-Zero se despede do mercado sem causar grande impacto. Baseado no Mitsubishi iMiEV, o pequeno elétrico já era bastante antigo e vendeu menos de 1.500 unidades durante o ano todo. Atualmente a Citroën aposta em modelos elétricos próprios e não precisa mais de um Mitsubishi rebatizado.
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