Ausente do Brasil desde que deixou de importar o sedã 300C, a Chrysler também não anda tão bem assim em sua terra natal. Tal qual a Lancia, ela foi deixada de canto pela FCA para focar em Jeep, Alfa Romeo, Fiat, Dodge e RAM. Mas a Stellantis encabeçada pela Peugeot poderá fazer a marca voltar aos tempos de glória.
De acordo com informações obtidas pelo , os concessionários da Chrysler acreditam em um retorno da marca e uma maior atenção dentro do grupo Stellantis. Dacid Kelleher, líder do conselho nacional de revendas Stellantis, disse que “tudo começou com a Chrysler”.
Ele ainda complementa dizendo que “não quero ver uma marca como essa ser deixada de lado ou ser jogada para fora do pasto”. Por isso, muito se fala sobre uma grande ajuda do lado PSA da Stellantis para fazer a Chrysler voltar a ganhar força no mercado.
Hoje ela tem apenas dois carros, mas que tecnicamente vende como se fossem três. Temos o jurássico sedã 300 e a minivan Pacifica que ilustra essa matéria, que é vendida também como Voyager com visual pré-reestilização e preço mais baixo.
Perspectivas diferentes
Segundo dados de venda divulgados pelo , em 2020 a Chrysler vendeu 110.464 carros nos EUA contra 126.971 modelos em 2019. Considerando um ano de pandemia, a queda na comercialização não foi tão alta.
Contudo, se comparado ao fato de que RAM comercializou 624.642 picapes, a Jeep teve 795.313 SUVs vendidos e até a Dodge conseguiu 267.328 unidades vendidas de carros tão velhos quanto o 300, a situação da Chrysler fica ainda pior. Entre as marcas da Stellantis, ela só vende mais que Alfa Romeo e Fiat nos EUA.
SUVs da Chrysler
A solução poderá vir diretamente do lado PSA do grupo. A Chrysler poderá investir no mundo dos SUVs urbanos usando a plataforma EMP2 (Peugeot 3003, Citroën C5 Aircross, DS 9) ou a CMP (Peugeot 208, sucessor do Citroën C3 e Opel Corsa). Isso faria com que a marca explorasse um mercado que a Jeep não atende com Renegade e Compass.
Além disso, seria a oportunidade de a Chrysler não ser mais vinculada à imagem de ser uma fabricante de minivans. Outros SUVs podem surgir a fim de recolocar a marca norte-americana no mercado. Há tempos é aventada essa possibilidade, mas parece que a FCA esperava o momento de encontrar uma nova parceira para isso.
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