Se a situação automotiva no Brasil não é das melhores atualmente, a coisa está bem pior na Europa. Tanto é que o chefe da Stellantis, Carlos Tavares, pontuou que a indústria automotiva como um todo está em modo de sobrevivência e ele já traçou planos para tentar enfrentar o futuro.
Na Europa, o governo está pressionando todas as montadoras a vender cada vez mais carros elétricos e diminuir o quanto puder de negociações dos modelos movidos a combustão. Contudo, os incentivos para as trocas estão cada vez mais distantes. O que acontece é que fabricar e comercializar um veículo movido a bateria é bem mais caro do que um automóvel movido a combustão.
E é justamente esse ponto que mais preocupa o CEO da Stellantis. Tanto as marcas que ela cuida quanto as demais montadoras rivais já terão de reduzir cada vez mais as emissões de gases poluentes em seus automóveis a partir de 2025. Se não seguirem essa regra, vão lidar com multas exorbitantes.
Nada de postergar
O problema é que com a queda no incentivo a compra de carros eletrificados, o público não está mais querendo trocar seu modelo movido a combustível fóssil por um 100% elétrico. Uma prova disso é que a Fiat recentemente parou momentaneamente de produzir o hatch compacto 500 elétrico pela baixa demanda.
Na visão de Carlos, sua empresa precisa atingir o equilíbrio entre os valores de produção dos veículos movidos a combustão e os elétricos e só assim as montadoras conseguirão ficar vivas por mais tempo. O chefe da Stellantis disse que não consegue fazer previsões do futuro e por isso tem certo medo. Ele agora cuida para que suas equipes foquem em sobreviver ao atual momento.
Mesmo vivendo em um contexto conturbado, Tavares não quer que a União Europeia adie a aplicação das novas metas de emissões de gases poluentes. Ele contou em uma entrevista para a , que seria uma atitude impensada surreal mudar essas normas agora, já que as empresas comandadas pelo conglomerado correram para criar projetos que atendessem às regras.
Carlos disse que as fabricantes comandadas, os carros produzidos, as fábricas e os funcionários já estão prontas para atender às normas e que o aquecimento global continua como uma preocupação mundial.
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