A gigante automotiva Stellantis enfrenta uma situação difícil nos Estados Unidos, onde a rede de revendedores culpa o CEO Carlos Tavares pelo declínio no desempenho. Essa não é apenas uma reclamação, mas uma exigência feita por meio de uma carta aberta pedindo mais recursos para limpar os estoques antigos e revitalizar as marcas americanas do grupo.
A liderança do Stellantis National Dealer Council (NDC), que representa a rede de revendedores e seus funcionários, acusou Carlos Tavares de tomar decisões quesionáveis de curto prazo, resultando em efeitos no mercado norte-americano.
O que diz a carta?
“Resolva essa bagunça ou veja seus pátios se tornarem cemitérios de carros não vendidos”, alerta, que ainda evidencia o declínio das marcas americanas, como , , e , cuja participação de mercado foi reduzida quase pela metade, conforme publicado pelo site .
A carta, assinada pelo presidente do Conselho Nacional de Negociadores, Kevin Farrish, apresenta um retrato da situação da Stellantis nos Estados Unidos. Farrish descreve a queda no preço das ações, o fechamento de fábricas, demissões e a saída de altos executivos da .
Os revendedores atribuem a desaceleração no desempenho de 2023 a Carlos Tavares, que, segundo eles, havia projetado um ano recorde para a Stellantis.
A carta defende a necessidade de limpar os estoques antigos e de fazer com que as fábricas operem em plena capacidade, com produção de carros que os americanos desejam comprar e podem pagar.
Publicada em 10 de setembro, a carta recebeu uma resposta da Stellantis. A empresa expressou “total discordância com a carta” e detalhou as medidas que tomou para enfrentar os resultados financeiros do primeiro semestre de 2024.
O cenário da Stellantis
A Stellantis também destacou um aumento de 21% nas vendas em agosto em relação a julho, além de informar que sua participação de mercado aumentou 0,7% e que o estoque dos revendedores foi reduzido em cerca de 10% nos últimos dois meses consecutivos.
A Stellantis afirmou que mantém uma comunicação constante, incluindo reuniões mensais, ligações semanais e conversas pessoai. A rejeitou os ataques pessoais dirigidos ao CEO Carlos Tavares, argumentando que “não acreditamos que ataques pessoais públicos sejam a melhor forma de resolver problemas”.
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