Com a eletrificação e as novas legislações, fica difícil para que as montadoras mantenham algumas tradições na mudança de geração de alguns de seus carros. Com a primeira grande mudança do Série 2 a BMW não somente conseguiu manter as origens do modelo intactas, como fazê-lo aderir à sua nova tradição: visual controverso e polêmico.
Ainda que o BMW Série 2 tenha escapado da gigantesca grade frontal do Série 4 e do iX, ele também tem suas doses de ousadias. E também de polêmica. Os faróis finos são diferentes dos vistos em outros modelos da marca. Assim como a grade frontal em proporções equilibradas e bordas pretas, com parte central conectada.
Já o para-choque, tem linhas ousadas e parece uma folha dobrada, dando um estilo forte ao cupê compacto. O longo capô combina com as caixas de rodas largas e a linha de cintura marcada. Na traseira, lanternas tem desenho irregular e são acompanhadas por frisos que acharam a retaguarda do cupê. Aerofólio na tampa ajuda a dar esportividade.
Nas medidas, ele marca 4,54 m de comprimento, 1,83 m de largura e 1,39 m de altura. Ou seja, ficou 10,9 cm mais longo, 6,6 cm mais largo e 2,5 cm mais baixo. Basicamente ele é pouco mais longo que um VW Virtus, tem a mesma largura de uma Fiat Toro e a altura de um Porsche Panamera.
Regalias eletrônicas
Por dentro, a inspiração é clara no Série 3. O cupê recebeu volante esportivo, central multimídia flutuante de 10,25 polegadas, painel de instrumentos totalmente digital de 12,3 polegadas e materiais mais nobres. A central finalmente traz compatibilidade com Android Auto, com o benefício de ter conexão sem fio, assim como o Apple CarPlay.
Um dos destaques eletrônicos é o sistema Personal Assitant. O Série 2 aprende as rotinas do motorista e é capaz de executar alguns comandos com a voz. Além disso, baixa automaticamente a janela ao chegar a uma cancela de estacionamento.
Há ainda alerta de tráfego cruzado, frenagem autônoma de emergência, piloto automático adaptativo, detector de ponto cego e alerta de mudança de faixa. Um dos mais legais é o assistente reverso que memoriza os 40 segundos de uma manobra e a executam novamente de ré, como se o carro estivesse rebobinando.
Esportivo raiz
Ao menos a boa tradição do BMW Série 2 foi mantida. Ele continua a ser construído sobre uma plataforma de tração traseira. A versão de entrada 230i usa motor 2.0 quatro cilindros turbo de 259 cv e 40,8 kgfm de torque. A transmissão é automática de oito marchas, que faz com que o modelo chegue aos 100 km/h em 5,5 segundos.
Subindo para o M240i, o cupê ganha tração nas quatro rodas e um motor seis cilindros. O 3.0 turbo entrega 387 cv e 51 kgfm de torque. A transmissão é a mesma do modelo mais barato, porém os 100 km/h são atingidos em 4,1 segundos apenas. A velocidade máxima, entretanto, é de 250 km/h em ambos.
Vale agora aguardar a oficialização do lançamento do BMW Série 2 2022 no Brasil – algo que ainda não tem data certa para ocorrer.
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