Com a pressão da Europa para que a virada elétrica aconteça o mais rápido possível, a grande maioria das marcas já trabalha em um portfólio futuro 100% composto por carros elétricos. Mas a Nissan, conservadora como toda marca japonesa, acredita em um equilíbrio. Por isso, prometeu lançar 27 carros híbridos e 19 elétricos até 2030.
Anunciado em 2021, o Nissan Ambition 2030 prometia o lançamento de 23 carros eletrificados (híbridos) e 15 totalmente elétricos. Contudo, a marca japonesa resolveu atualizar sua estratégia depois de renegociar os termos da Aliança com a Renault. Com isso, foram adicionados 4 novos híbridos e 4 carros elétricos inéditos.
A ideia da Nissan é que até 2030, cerca de 55% de suas vendas globais sejam compostas por carros eletrificados (quer seja híbrido leve, híbrido tradicional, híbrido plug-in, elétrico com autonomia estendida ou totalmente elétrico). A porcentagem será dividida entre a própria Nissan e sua marca de luxo Infiniti.
Contudo, cada região terá uma representação diferente quanto a eletrificação. A Europa terá 98% das vendas compostas por modelos eletrificados já em 2026. Enquanto isso, os EUA terão 40% dos novos Nissan e Infiniti eletrificados até o final da década. A China terá representação de 44% de eletrificados até 2026.
Ainda resta a dúvida de como será essa estratégia eletrificada para o Brasil, visto que a Nissan foi uma das pioneiras nesse segmento. Apesar de nunca ter vendido um carro híbrido por aqui, ela trouxe o elétrico Leaf de primeira geração para testes de consumidores comuns e serviços muito antes de carros elétricos serem vendidos no país.
Rumores há tempos apontam para a possibilidade de que o Kicks receba a e-Power em algum momento aqui no Brasil. Além disso, SUVs maiores da marca, em especial o X-Trail/Rouge, são considerados para o nosso país já há bons anos – sempre com motorização híbrida.
O plano global da Nissan envolve investimento de US$ 25 bilhões junto da Nissan e da Renault para o lançamento de 35 carros totalmente elétricos até 2030. Desses, 19 serão Nissan e o restante dividido entre Renault e Mitsubishi. A Aliança ainda afirma que 90% desses carros serão construídos sobre plataformas modulares eletrificadas.
A ideia por trás das bases CMF-AEV, KEI-EV, LCV-EV, CMF-EV e CMF-BEV é reduzir o custo das baterias em 50% até 2026 e em 65% até 2028. Será que até lá finalmente teremos um carro elétrico popular de verdade no Brasil?
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