Os veículos elétricos e híbridos estão cada vez mais presentes no mercado. Na Europa, assim como no Brasil, esses veículos ajudam a reduzir as emissões de poluentes, o que é fundamental, já que os fabricantes precisam diminuir os níveis de poluição dos modelos com motor a combustão interna.
Marcas como ,, e estão sob pressão para reduzir as emissões de seus veículos. Isso porque, para cada grama acima da meta estabelecida pela , os fabricantes são multados em 95 euros (aproximadamente R$ 581,90 na cotação atual, em conversão direta, excluindo impostos e taxas).
Essas multas podem se acumular a valores astronômicos, sendo aplicadas por cada veículo vendido que não atinja os padrões. Caso as montadoras não comercializem uma quantidade suficiente de híbridos ou elétricos para compensar os carros a combustão, o impacto financeiro pode ser enorme.
Diminuindo as emissões
Esse cenário é um dos principais motivadores para a redução da cilindrada dos motores, com o aumento da popularidade dos propulsores de três cilindros. Os precisam se adaptar às novas normas rigorosas da União Europeia, o que afeta diretamente o desenvolvimento de novos carros e motores.
Segundo o , a meta atual de emissões, de 115,1 g/km (ciclo WLTP), será reduzida em cerca de 19% até 2025, passando para 93,6 g/km. Um estudo da empresa de análise Dataforce prevê um futuro desafiador para as montadoras na Europa. Até julho deste ano, apenas e estavam abaixo da meta de emissões para 2025.
Cada fabricante tem uma meta específica, calculada com base na massa média da sua frota. Isso significa que marcas que vendem mais SUVs têm metas mais altas do que aquelas que comercializam veículos menores.
Em 2020, as montadoras gastaram 510 milhões de euros (algo em torno de R$ 2,703 bilhões) por não atingirem as metas de redução de emissões de CO2. Contudo, nos primeiros seis meses de 2024, os carros 100% elétricos representaram apenas 12,5% das vendas na União Europeia, segundo a . No mesmo período de 2023, essa participação foi de 12,9%.
Os híbridos plug-in caíram de 7,4% para 6,9%, enquanto os híbridos convencionais (HEV) cresceram de 25% para 29,2%, de acordo com a ACEA.
O estudo da ACEA também mostra que, nos primeiros seis meses do ano, os modelos a diesel superaram os elétricos, com uma participação de 12,9% contra 12,5% dos EVs.
A partir de 2030, será ainda mais difícil para as montadoras evitarem multas, pois o limite de emissões será reduzido novamente, de 93,6 g/km para 49,5 g/km.
No futuro, a União Europeia pretende banir a venda de carros novos a combustão a partir de 2035, mas os combustíveis sintéticos podem oferecer uma sobrevida aos motores a combustão interna.
Você acha que a multa para fabricantes que não cumprirem as metas deveria ser maior? Deixe sua opinião nos comentários!