Se o leitor do Auto+ deseja dar férias para o pé esquerdo em meio aos congestionamentos, ele pode optar por modelos equipados com câmbio automático ou automatizado. Ambos, trocam ou reduzem sozinhos as marchas, porém, existem diferenças de funcionamento.
Automático
A transmissão automática muda as marchas de acordo com a velocidade e a situação. Não há embreagem, mas sim um conversor de torque. Ele envia a força do motor para o câmbio por meio de um sistema hidráulico. Desse modo, o motorista engata apenas a marcha D (drive), acelera e freia o carro.
É o câmbio mais utilizado, que pode ser do tipo convencional, utilizado no Volkswagen , e a continuamente variável (CVT), do Toyota Corolla.
No CVT, as marchas são simuladas e não existem de forma física. Por isso, você não sente a troca entre elas. Normalmente, os carros japoneses utilizam mais esse tipo de transmissão. O funcionamento acontece por duas polias, sendo uma ligada ao motor e outra às rodas. Não há uso de engrenagem, as polias possuem diâmetro variável e trabalham em união com uma correia metálica.
Enquanto o diâmetro de uma polia diminui, o outro aumenta. Há também relação entre os diâmetros variáveis das polias e da velocidade da rotação. Desse modo, as rodas e o motor funcionam de maneira síncrona.
Automatizado
No câmbio automatizado, o funcionamento é bastante diferente. Nesse caso, existe o uso da embreagem, que pode ser única ou dupla. Mas, a troca da marcha é feita pela parte eletrônica da transmissão. Então, o condutor não pisa no pedal da embreagem, já que existem sensores incorporados ao sistema que entendem qual marcha deverá ser engatada e eles fazem as trocas.
Caso o veículo seja automatizado de dupla embreagem, como era o caso do câmbio Powershift da Ford, uma das embreagens cuida das marchas pares e a outra das ímpares. Seu foco é a comodidade de não ter que ficar realizando a troca de marchas. A Renault, Fiat, Volkswagen e até Scooters utilizam ou já utilizaram esse sistema de transmissão.
A Porsche é uma das montadoras que utiliza esse tipo de transmissão e chamada PDK (sigla para Porsche Doppelkupplung). Ele tem dupla embreagem e proporciona trocas de marchas muito rápidas cooperando no desempenho.
No caso de um câmbio automatizado com embreagem única podem ocorrer trancos nas trocas devido à funcionalidade do sistema. Já com duas embreagens, o funcionamento é mais ágil tanto nas trocas quanto nas reduções.
É comum eles apresentarem falhas de funcionamento. Claro que isso é normal, já que todos os carros possam vir a ter alguma anormalidade e isso acomete os câmbios automáticos, automatizados e até manuais. Outro ponto que diferencia ambas as transmissões não manuais é o consumo de combustível.
Os carros automáticos oferecem um consumo maior comparado a um equipado com caixa manual. Entre os motivos, estão o peso do conjunto, assim como a quantidade e relação das marchas. Além disso, é importante ficar atento a manutenção para evitar problemas e enormes perdas de dinheiro para efetuar o reparo.
Você sabia dessa diferença entre esses câmbios? Tem alguma dúvida de manutenção? Conte nos comentários