Uma cena muito comum na hora de encher o tanque do carro está com os dias contados: abastecer além do “click” da bomba. Com base na lei 16.656/18 do deputado Marcos Martins (PT), já é proibido abastecer o carro após o desarme do sistema automático das bombas nos postos de combustível de todo o Estado de São Paulo.

Segundo a lei, o objetivo é “preservar a saúde e o meio ambiente da exposição e contaminação pelo “benzeno” e outros gases nocivos”. Se o veículo é abastecido “em excesso”, os vapores de benzeno se desprendem da gasolina e vão para o ar, contaminando o meio ambiente e colocando em risco a saúde de motoristas e frentistas. Vale lembrar que o benzeno está na Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH).

Abastecer o carro além do limite da bomba é corriqueiro por costumes variados, como para arredondar o valor ou até para aumentar a autonomia do carro e rodar mais alguns quilômetros. Isso pode acontecer também devido a hábitos do frentista ou mesmo por conta de pedidos de motoristas. Mas atenção: o  costume tão comum pode danificar o veículo.

“Os veículos têm uma peça dentro do tanque de combustível chamada cânister que serve para filtrar as emissões de vapor liberadas pelo veículo. Ou seja, a peça basicamente é responsável por evitar que gases tóxicos cheguem ao meio ambiente. Se inundado com gasolina em excesso, ela não consegue tratar os poluentes que são liberados para o meio ambiente”, explica Pedro Lion, engenheiro na startup Cobli.

Além de causar danos na peça (que precisará ser trocada), o combustível no cânister faz soltar as partículas de carvão ativo que existem dentro dele. Se isso acontecer, as partículas de carvão poderão acabar indo para o tanque e serem sugadas pela bomba de combustível, provocando falhas ao chegar no sistema de injeção.

Resta saber como será feita essa fiscalização nos postos de combustível. E você, o que achou dessa nova lei?

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