Apesar de já ter sido vendido no Brasil no passado e ser um dos grandes símbolos da Jeep ao lado do Wrangler e do Grand Cherokee, o Jeep Cherokee não está mais entre nós. Contudo, a Stellantis confirmou que uma nova geração está em gestação e isso pode abrir chances de o modelo ser oferecido por aqui.
Hoje a Jeep tem uma escada de SUVs bem desenhada no Brasil. Começa com o Renegade em R$ 127.590 que vai até R$ 169.090, passa para o Compass que fica entre R$ 169.490 e R$ 239.990, fechando a linha nacional com o Commander com preços entre R$ 223.690 e R$ 306.890.
Hoje a marca tem os importados representados por Grand Cherokee de R$ 480.039 e Wrangler vendido entre R$ 459.990 e R$ 484.990. Ou seja, há um espaço grande entre R$ 300 mil e R$ 460 mil que poderia ser preenchido pela nova geração do Jeep Cherokee. Hoje nos EUA, ele faz esse papel de intermediário entre Compass e Grand Cherokee (lá não existe o Commander).
Confirmado ao por Jim Morrison, o chefão da Jeep norte-américa, a nova geração do Cherokee será “maior e melhor que nunca”. A ideia é que o modelo fique mais refinado e possa até gerar um derivado para a linha de luxo Wagoneer. Por conta disso a plataforma que o novo SUV usará ainda é dúvida.
Fiat, Peugeot ou Alfa Romeo
Três alternativas estão sobre a mesa. A primeira é a Compact Wide usada pelo Commander chinês e pela Chrysler Pacifica. Essa base é mais antiga e só tem o atual Cherokee e mais esses três modelos feitos sobre ela. Por isso, a possibilidade é mais remota. A mais provável é que ele passe a usar a STLA Medium.
A plataforma, na realidade, é a versão rebatizada da EMP2 da Peugeot e Citroën. É uma plataforma modular bastante flexível e que permite a construção de modelos de médio e grande porte com direito a versões a combustão, elétrica e híbrida – algo necessário para o futuro eletrificado da Stellantis. Com isso, seria o maior Jeep com tração dianteira.
Por fim, a alternativa que também é possível e viável é que o Cherokee migre para a base STLA Large – atualmente chamada de Giorgio. A base é a mesma dos Alfa Romeo Stelvio e Giulia, além do Jeep Grand Cherokee. Isso mudaria o layout atual do Cherokee de tração dianteira para tração traseira (mas com opção de versões 4×4).
Como ele crescerá, essa mudança de base para a STLA Large / Giorgio faz sentido. A base também está pronta para a eletrificação total. Vale ressaltar que o desenvolvimento do novo Jeep Cherokee está no começo e a marca já afirmou que ele não chega em 2022, muito provavelmente nem em 2023.
As vendas no Brasil não estão confirmadas, mas dado o cenário atual da Jeep, o cliente mais fiel da marca precisa fazer um salto muito grande entre um Commander topo de linha e um Wrangler ou um Grand Cherokee. Vale ressaltar que a nova geração do Grand Cherokee já está confirmada para o nosso país e virá ainda mais caro que hoje. Ou seja, o buraco vai aumentar.
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