Enquanto no Brasil o segmento de hatches médios já sucumbiu aos SUVs, na Europa a categoria ainda navega com certa tranquilidade, mas a tormenta se aproxima. Prova disso é que o Renault Mégane já se tornou um SUV, a e agora a Hyundai pode tirar o i30 de linha.
Albert Biermann, conselheiro técnico da Hyundai e um dos responsáveis pela divisão N, relatou à sobre o futuro do i30: “o mercado de hatches está definitivamente caindo. Quanto poderemos continuar com ele [o Hyundai i30]? É difícil dizer nesse momento. Mas é uma resposta diferente para cada região que tem diferentes desafios e estratégias”.
O ponto mais crucial sobre a fala de Biermann tem relação direta com o mercado de hatches como um todo. Ele ressaltou que países como Europa, América do Sul, Austrália, Índia e partes da Europa ainda compram hatches, mas os EUA não. Por isso, a vida dos hatches na Hyundai está ameaçada como um todo, não somente o i30? Não exatamente.
O caso do i30 é bastante específico por ser um carro que se encontra em um segmento em declínio global. Até mesmo na Europa a nova geração está atrasada, visto que o modelo atual foi lançado em 2017 e deveria se preparar para uma nova geração em, no máximo, 2023 – mas não é isso que acontecerá.
HB20 influenciador
A Hyundai pode adotar a mesma estratégia que fez com o HB20 no Brasil: mudar todas as chapas externas, manter a base e chamar de nova geração. É uma mudança bastante profunda e impactante, mas que demanda menos custo do que uma base nova. Para mercados em que os hatches estão caindo, a solução é investir em SUVs.
Por isso, existe a chance de que o lugar hoje ocupado pelo i30 em alguns mercados passe a ser representado pela nova geração do Kona ou outro modelo equivalente. Na Europa, a Hyundai tem o Bayon como alternativa SUV ao i20 – mesma estratégia de Pulse e Argo na Fiat. Para o lugar do i30, não há nenhum modelo equivalente.
Até porque o Kona é um SUV compacto que não tomaria o mesmo espaço que ele e o Tucson é grande demais para o público de hatches médios. No final das contas, essa estratégia não afeta o Brasil pois não temos o i30 há muito tempo. Além disso, o HB20 tem se provado um enorme sucesso, mesmo com a presença do Creta.
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