A GWM promoveu um evento diferente nesta semana. A marca chinesa chamou jornalistas e clientes para o Autódromo de Interlagos, onde fez o seu Festival Interlagos particular. Com o paddock devidamente personalizado com a identidade da marca, alguns boxes foram utilizados para acomodar toda a gama, que estava exposta para quem quisesse ver os modelos de perto, além de comes e bebes para quem lá estivesse.
Fui representando o Auto+ neste evento, e me chamou a atenção a estratégia da GWM. O objetivo, claro, é vender seus carros, mas não se tratou apenas de mostrar os veículos estáticos. Era possível andar em Interlagos com eles. E, como eu nunca havia pilotado na pista do GP de São Paulo, aproveitei a oportunidade para andar com os modelos da fabricante no autódromo.
GWM Haval H6 GT na pista
Quando estreou o Haval H6 GT no Brasil, a GWM já tinha levado os jornalistas para Interlagos. Porém, eu não tinha tido a chance de andar com o SUV na oportunidade. Na realidade, até o evento, eu sequer havia entrado no H6 GT. Só conhecia por fotos, mesmo.
Dessa forma, é possível dizer que foi uma estreia em grande estilo. Com 393 cv e 77,7 kgfm de potência e torque combinados, respectivamente, estava curioso para saber como seria o desempenho do SUV na pista. Afinal, visual esportivo o Haval H6 GT tem, mas restava saber como um utilitário de 2 toneladas se comportava na pista.
Não sou piloto, então não tenho todo o conhecimento para especificar as características de um carro na pista. Mas as inúmeras horas em simuladores, como iRacing e Assetto Corsa, dão alguma noção para mim. O traçado de Interlagos teve algumas modificações para os participantes do evento não perderem os pontos de freada. Então foram colocadas chicanes de cones no final da reta principal e da oposta.
Ao sair dos boxes, fiz um teste de 0 a 100 km/h no GWM Haval H6 GT. E é impressionante como ele consegue chegar rápido aos 100 km/h, com um torque muito violento no começo da aceleração, que depois diminui conforme a velocidade e o giro do motor a combustão aumentam. Segundo a fábrica, ele alcança essa velocidade em 4,8 segundos. Não deu para cronometrar, mas meu corpo diz que isso é bem possível.
Depois, já na pista, foi a hora de sentir o carro. Por ter suspensão independente nas quatro rodas, o H6 GT se comporta bem nas curvas. Apesar do peso alto, o ajuste é bem feito, e o carro assenta de um jeito exemplar. Nas retomadas, basta dar pé que ele responde. Foi surpreendente sentir o comportamento de um carro tão grande em Interlagos, sendo que ele jamais foi pensado para andar rápido em pistas. No entanto, o destaque foi o seu irmão menor.
Hora do Ora
Passada a experiência com o Haval H6 GT, foi a vez de sentir como o GWM Ora 03 Skin se sairia na pista. Por ser totalmente elétrico, a sensação ao volante é diferente aqui. Seu 0 a 100 km/h também é rápido, mas fica na casa dos 8 segundos. Dessa forma, o impacto no corpo é menor na aceleração, mas também impressiona.
Na pista, o tamanho menor do Ora 03 acaba trazendo mais diversão. Você sente que há menos massa na hora de fazer curvas rápidas, como o Mergulho e o Laranjinha de Interlagos. E, por ser elétrico, sua agilidade é ainda maior.
O acerto de suspensão do hatch também chamou a atenção, se destacando da mesma forma que o Haval H6. A única coisa que incomoda um pouco no Ora é o tamanho do volante, que é bastante grande e tira um pouco da agilidade necessária em algumas curvas.
Em resumo, a experiência de rodar com os dois carros na pista foi extremamente satisfatória e surpreendente. Mesmo não sendo fã de SUVs, o GWM Haval 06 GT acabou me agradando mais, principalmente porque era possível dar uma volta completa nele – no Ora, a gente não podia passar na reta principal, para poupar carga da bateria.
Evidentemente, que isso foi apenas uma experiência que tive com os carros na pista, sendo muito longe de uma avaliação completa deles. E, por ser algo bastante fora do comum, acabou se transformando em uma ótima experiência em Interlagos.
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