O GP dos EUA deste ano vai ser o primeiro da lista de eventos com cara de festa da firma da F1. Afinal, com o campeonato de pilotos e de construtores já definido, não há mais nenhuma grande disputa prevista para as próximas etapas. Por isso, vale a pena relembrar quando a prova americana foi palco do maior fiasco da história da categoria, além de outras corridas que foram grandes papelões.

GP dos EUA de 2005

Austin, no Texas, recebe a Fórmula 1 desde 2012. Porém, entre 2000 e 2008, a prova foi realizada no maior templo do automobilismo americano. Indianápolis foi uma tentativa da categoria atrair o público, mas a presença nas arquibancadas sempre foi baixa. 

Em 2005, os eventos da corrida marcaram o começo do fim da participação da F1 na pista, e até mesmo da Michelin na categoria. Naquele ano, Bridgestone e a marca francesa forneciam os pneus para as equipes, sendo que a Michelin tinha a maioria do grid. 

Só que o acidente do Toyota de Ralf Schumacher nos treinos evidenciou que havia um problema crônico nos compostos franceses. Eles não aguentavam a forte pressão aerodinâmica da última curva, que utilizava parte do oval da pista, e poderiam se romper no meio da prova, já que naquele ano era proibido trocar os pneus durante as corridas.

Diversas soluções foram pensadas, mas nenhum consenso foi gerado. Então, todos os carros alinharam normalmente para a volta de apresentação. Só que, ao final dela, todos os carros com pneus Michelin voltaram para os boxes e abandonaram. Somente seis bólidos continuaram na pista, todos calçados com pneus Bridgestone: dois Ferrari, dois Jordan e dois Minardi.

Michael Schumacher venceu, com Rubens Barrichello sendo o segundo. O português Tiago Monteiro foi o terceiro com seu Jordan, sendo o primeiro piloto de seu país a conquistar tal feito. Evidentemente que o público não gostou nada daquilo, e muitos vaiaram a corrida e até abandonaram as arquibancadas.

GP do Catar 2023

Por muito pouco, a corrida passada da Fórmula 1 não teve um final parecido com o GP dos EUA de 2005. O forte calor catari, somado ao estilo das zebras, causaram grande danos estruturais aos pneus Pirelli atuais. A solução foi obrigar todo mundo a fazer pelo menos 3 paradas, e a rodar no máximo 18 voltas. Quem excedesse esse limite, seria excluído da prova, por conta do risco de segurança.

GP da Malásia 2009

O saudoso GP da Malásia foi por muitos anos uma das primeiras provas do calendário. Em 2009, ele era o segundo grande prêmio do campeonato, mas a F1 decidiu atrasar o horário da prova, para melhorar a audiência em outros países. Acontece que é muito comum ter fortes chuvas nas tardes da Malásia, e um verdadeiro dilúvio caiu na pista.

Por conta disso, a prova precisou ser interrompida na volta 33, já que ninguém conseguia se manter na pista. E como a luz caiu rapidamente, a corrida nem foi retomada, com somente metade dos pontos sendo computados. Jenson Button venceu, conseguindo a segunda vitória consecutiva do conto de fadas da Brawn GP.

GP da Bélgica 2021

Se a corrida da Malásia de 2009 já tinha sido um fiasco, o que dizer então da corrida que não foi uma corrida. Em 2021, outro dilúvio caiu em uma prova da F1, mas dessa vez na Bélgica. A prova ficou parada por horas e os carros só andaram atrás do Safety Car. Oficialmente, somente uma volta foi computada, a menor distância da história da Fórmula 1, e novamente metade dos pontos foram dados aos pilotos.

GP de Cingapura 2008

Essa é a corrida mais controversa da história da Fórmula 1, e até hoje causa disputas judiciais por conta de seu resultado. Nelsinho Piquet bateu seu Renault de maneira proposital para beneficiar o companheiro Fernando Alonso, que venceu aquela corrida.

Até hoje, esta é a única corrida que sabemos que o resultado foi manipulado por uma fraude, já que a batida proposital foi delatada por Piquet Jr. em 2009, após sua demissão da equipe. Por conta desse resultado, Felipe Massa, que foi prejudicado no pit stop, tenta até hoje fazer com que a prova seja anulada, para tirar de Lewis Hamilton o título daquele ano.

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