Os esportivos de hoje em dia não são feitos da mesma maneira de antigamente. Turbo, babás eletrônicas, eletrificação, sistemas híbridos e transmissões automáticas de última geração tiraram a experiência crua do passado. Algo que Gordon Murray quer trazer de volta com seu T.50, ainda que ele tenha uma tecnologia inédita nos modelos de produção.
Apesar de não ser um avião, o superesportivo possui uma hélice em sua traseira. O sistema, que mais parece uma turbina de aviões comerciais, utiliza a força do ar para manter a traseira do modelo grudada no chão mesmo em velocidades altas.
Segundo a Gordon Murray Automotive, o downforce é elevado em 50% em regimes de condução regular, enquanto em altas velocidades a hélice aumenta a força em 100%. O sistema utiliza um motor elétrico de 48 volts para se movimentar e pode girar a até 7 mil rpm. Além disso, adiciona 49 cv à potência total do carro.
V12 manual
Apesar desse grande truque tecnológico, o modelo não conta com turbo em seu motor, como acontece com 99% dos esportivos atuais. O Gordon Murray T.50 traz um motor V12 3.9 naturalmente aspirado de 663 cv e 47,4 kgfm de torque.
Fabricado com ajuda da Cosworth, esse V12 chega a impressionantes 12.100 rpm, sendo a maior faixa de rotação em um carro atualmente disponível no mercado. Outra ligação com o passado é a transmissão manual de seis marchas: nada de câmbio automático, dupla embreagem ou outro tipo de transmissão sem o terceiro pedal.
Com carroceira de fibra de carbono, o modelo pesa apenas 986 kg, ou o mesmo que um hatch compacto de entrada vendido no Brasil. Já o comprimento é bem semelhante a deu SUVs compactos, visto que o Gordon Murray T.50 registra na fira métrica apenas 4,35 m.
O visual traz semelhanças ao McLaren F1, outro projeto de Murray. A carroceria é esguia, com linhas orgânicas e suaves. O capô é curto, baixo e deixa os para-lamas em destaque junto aos faróis.
Como no McLaren clássico, o T.50 tem três assentos, sendo que o motorista se senta em posição central. Os bancos e pedais são feitos sob medida para o motorista, já que nenhum dos bancos tem ajuste de qualquer tipo.
Com produção programada apenas para janeiro de 2022, o superesportivo projetado por Gordon Murray custará R$ 16,4 milhões e terá produção limitada a apenas 100 unidades.
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