Parece que a situação das três fábricas da GM no estado de São Paulo está em apuros. Segundo a própria montadora, os altos executivos propuseram o programa de demissão voluntária aos funcionários das indústrias localizadas em São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes. Contudo, a resposta não foi nada animadora.
No documento enviado pela fabricante para seus funcionários e que a teve acesso, os executivos revelaram que as vendas de veículos no país estão obrigando as indústrias a mudarem sua capacidade de produção. Na visão deles, hoje o problema se concentra na redução do tamanho do mercado automotivo.
Ainda em declaração, a GM pontua que os juros altos provenientes da diminuição da demanda também jogam contra. Aliás, a previsão da marca é que a situação ainda perdure em 2024. Com o intuito de tentar amenizar os problemas, a fabricante implantou layoff, day-off e até férias coletivas. Só que, nenhuma das medidas deu certo.
Proposta da GM não agradou nenhum funcionário
Por enquanto, o sindicato da indústria de São Caetano do Sul, de onde saem modelos como a minivan Spin, a picape Montana e o SUV compacto Tracker, segue aguardando novas informações. O presidente deste sindicato, Aparecido Inácio da Silva contou que alguns trabalhadores demitidos desta fábrica já eram aposentados.
A proposta enviada aos funcionários em Mogi das Cruzes não agradou nenhum deles. David Martins de Carvalho, o vice-presidente do sindicato local, afirmou que esse programa de demissão voluntária é péssimo se comparado com o de outras montadoras e também os já feitos pela GM. Por lá, o layoff já atua há 5 meses e pode ser prorrogado por mais 5 meses.
Da planta localizada em São José dos Campos, onde são fabricados carros como a picape média S10 e o SUV grande Trailblazer, essa proposta foi considerada insuficiente e por isso não teve nenhum voto favorável. Lá o lay-off adotado trouxe uma certa estabilidade até maio de 2024.
Nas entrelinhas da proposta, a montadora revelou que as incertezas econômicas e políticas e a situação interna dos demais países da América do Sul, prejudicam até a parte de exportações dos carros da marca. Como as projeções não apontam para uma possível melhora até mesmo no próximo ano, a GM deverá criar um plano de reestruturação.
O que você achou da decisão da GM? Será que a situação da fabricante mudará em breve? Conte nos comentários
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