Indo na contramão do que a Anfavea e outras montadoras afirmam, a GM acredita que o Governo Federal do Brasil possa esperar que as vendas de carros elétricos cresçam ainda mais. Para o conglomerado de marcas, como o Brasil ainda nem atingiu a marca de 5% de vendas deste tipo de veículo, fica difícil esperar um grande crescimento nesta área.
Daniel Caramori, gerente de assuntos institucionais do conglomerado, afirma que quando o segmento de modelos eletrificados atingir 5% de participação, seria cerca de 100 mil veículos vendidos, aí sim o fim da isenção de incentivos para automóveis zero combustão seria eficiente. Ele conta que os mercados internacionais tiveram sucesso ao atingir essa marca e este seria um incentivo para o mercado crescer.
Essa espera para atingir a meta, na visão da GM, deve aumentar ainda mais as vendas desse tipo de carro. O próprio grupo admite que ainda é pouco expressivo no mercado, ao menos por enquanto. No acumulado do ano, o Brasil teve apenas 0,5% no índice de vendas de carros elétricos. O mês de setembro bateu recorde no número de vendas desse segmento, com 1% de participação.
Para GM, carro elétrico é o futuro do mundo
Caramori ainda disse que o mercado é muito pequeno para fechar as importações. Ele disse que a eletrificação não pode ser deixada de lado, ainda mais se o mercado internacional já tomou esse rumo. Falando sobre novas tecnologias, mesmo entendendo que o etanol é uma das ferramentas de descarbonização, a GM não tem projetos de tecnologia híbrida flex.
O executivo contou que o grupo de marcas espera ansiosamente pela publicação da nova fase da Rota 2030 e que o projeto Mobilidade Verde e Inovação, ajudará ao grupo a criar um planejamento especial. Daniel revelou que é necessária uma previsibilidade do governo para que as montadoras consigam os investimentos necessários junto à matriz.
Para finalizar, Daniel se mostrou contrário à renovação dos incentivos às montadoras instaladas no Nordeste. Ele está em vigência até 2025 e pode ser estendido para 2032. Na visão dele, a nova reforma tributária e o incentivo ao Nordeste vão desencadear outros problemas e aumentar a competitividade entre os setores e não trarão o esperado desenvolvimento para a região.
Ele pontua que o este problema não atingirá somente ao setor privado e por envolver os estados e municípios, todos perdem a arrecadação. Caramori diz que como o projeto foca mais em uma empresa e uma determinada região, todo o estado termina por não receber o lucro da participação necessário.
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