Devido as novas e rigorosos limites de emissão de poluentes, a Ford europeia resolveu apostar no óleo de cozinha usado (ou na gordura animal) para abastecer a van Transit.
E não, você não leu errado, a Ford realmente está apostando em óleo de cozinha usado e gordura animal como combustível.
Esse tipo de óleo será misturado ao HVO – Hydrotreated Vegetable Oil – um tipo de diesel renovável que, além de óleo de cozinha usado, pode incluir gordura animal, óleo de peixe e subprodutos de processos industriais em sua composição. Por conta do hidrogênio em sua composição, o HVO tem menor impacto no meio ambiente depois da queima feita pelo motor.
Na Europa, existem várias empresas que já coletam os óleos de cozinha usados de restaurantes, escolas e indústrias. A Ford também garante que testou exaustivamente a nova adição dos óleos no motor da Transit, garantindo assim seu desempenho e durabilidade sem a necessidade de nenhuma modificação no combustível.
O HVO já é comercializado em postos de combustível selecionados da Europa, principalmente na Escandinávia e nos países bálticos, tanto em sua forma pura como adicionado ao diesel comum. Em outros mercados, ele também é adotado por frotistas que precisam melhorar sua pegada ecológica, adquirido diretamente de fornecedores especializados.
Se o veículo precisar abastecer em uma região onde o HVO não é comercializado, o motorista pode usar diesel convencional – os combustíveis podem se misturar no tanque sem problemas. Essa notícia também é boa para o Brasil pois, junto da Europa, somos um dos maiores produtores de biodiesel do mundo.
Somente no ano passado, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) autorizou o aumento de 10% para 11% da mistura de biodiesel no diesel. A meta é elevar a mistura para 15% (B15) até 2023. Atualmente, cerca de 80% do biodiesel no Brasil é produzido a partir do óleo de soja.
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