Com visual malvadão, a Ford Ranger Raptor foi apresentada oficialmente nesta terça-feira (22). E não é apenas o visual da picape que se tornou mais robusto, já que o modelo ganhou diversos reforços estruturais e modificações para aguentar as aventuras off-road. Essa versão será a responsável por inaugurar a nova geração da picape na Europa, que terá as primeiras unidades entregues no fim do último trimestre.
Basta um olhar rápido para identificar o modelo Raptor. A versão conta com para-lamas alargados, grade com o nome da Ford destacado e pneus off-road calçando as rodas de liga leve de 17 polegadas. Sem contar o nome da versão estampado nas laterais, para não deixar nenhuma dúvida de que se trata do modelo mais radical da Ranger.
E para coroar o visual agressivo, o conjunto mecânico foi devidamente preparado pela Ford Performance para entregar o máximo de potência. O propulsor escolhido foi o Ecoboost V6 3.0 a gasolina. Biturbo, este propulsor entrega 288 cv e 50 kgfm de torque. Uma transmissão automática de 10 marchas e a tração 4×4 completam o conjunto mecânico.
Motor parrudo
Além de ser potente, o motor foi criado para ser robusto. O bloco do propulsor utiliza grafite, que é 75% mais rígido e resistente que o ferro fundido tradicional. Até mesmo o ronco pode ser personalizado de acordo com a necessidade do motorista. Caso esteja em um ambiente que exija silêncio, como a garagem do prédio, há a opção Quiet. Este modo reduz o barulho, evitando incômodos e reclamações para quem vive em condomínios.
Outras opções são os modos Normal, Sport (que aumenta o ronco do motor) e Baja. Neste último, o barulho se torna mais alto, como se a Ranger Raptor tivesse um sistema de escape direto. Por isso ele deve ser utilizado apenas em ambientes off-road ou se você for um vizinho pentelho, para irritar os moradores às 6h da manhã.
Porém, o motor Ecoboost não será o único da Ranger Raptor. Em 2023, o propulsor 2.0 diesel EcoBlue será disponibilizado para a versão mais radical da picape, mas os detalhes só serão divulgados quando o lançamento estiver mais próximo.
Robustez
Conforme já mencionado, alguns pontos da Ranger foram modificados na versão Raptor. Novos apoios e reforços estruturais foram feitos na carroceria e no chassi da picape. Outro ponto que foi alterado é o conjunto de suspensão, que ganhou braços reforçados e molas mais tecnológicas.
Isso porque os amortecedores utilizam a tecnologia Fox Live Valve. Essas peças contam com óleo infundido com Teflon, para reduzir o atrito, e também permitem que o sistema de suspensão se adapte ao terreno em tempo real.
A placa de proteção dianteira é outro item modificado e reforçado. Feita com aço de alta resistência, a peça tem 2,3 mm de espessura e, em conjunto com outras proteções da parte inferior, ajuda a proteger o radiador, sistema de direção, cárter e o diferencial dianteiro.
Sem dinossauros
Não é só o ronco do motor que conta com diversas configurações. É possível selecionar diferentes modos de condução para a Ranger Raptor, tanto no on-road quanto no off-road. Para o uso urbano, é possível optar pelos modos Normal, Sport e Slippery (pisos escorregadios). Já para as aventuras fora de estrada, a picape conta com as opções Rock Crawl (terrenos com pedras), Sand (areia), Mud/Ruts (lama) e Baja, que permite andar com a picape em velocidades altas mesmo no off-road.
Internamente, a tecnologia marca presença no painel de instrumentos digital de 12,4 polegadas e na telona da central multimídia. A peça vertical tem 12 polegadas e tem integração sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. O sistema de som é completado pelo conjunto de oito alto-falantes assinado pela marca Bang & Olufsen.
Detalhes em laranja e o nome da versão bordado nos bancos são outros aspectos visuais que compõem a cabine da Ford Ranger Raptor.
>>Cinco itens que o Chevrolet Onix Plus tem na China e no Brasil não
>>BYD Tan 2023 reestilizado terá 730 km de autonomia
>>Volkswagen up! está de volta, mas não no mercado brasileiro