Preparando o terreno para o lançamento da próxima geração da Ford Ranger no Brasil e na América Latina, a marca norte-americana anunciou um importante investimento. Serão aportados cerca de R$ 3 bilhões (US$ 580 milhões) na fábrica de General Pacheco para produção da nova picape.
Esse valor alto servirá para adequação e modernização da linha de montagem para receber a nova geração da picape. Hoje, a fábrica argentina produz somente ela, já que o Focus foi aposentado há um certo tempo.
“Este é um passo importante para a Ford na América do Sul para implementar um novo modelo de negócio mais eficiente, ágil e inovador construído sobre nossos pontos fortes em segmentos em crescimento, com um portfólio vibrante e moderno de SUVs, picapes e veículos comerciais”, comenta Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.
A nova geração da picape média será revelada ao mundo já em 2021, mas vai demorar a chegar no Brasil. O investimento prevê aplicações até 2023, quando a nova picape será lançada na nossa região. Diferentemente de hoje, onde a Ranger é fruto de um projeto em comum com a Mazda, a nova geração terá parentesco alemão.
Volkswagen e Ford desenvolverão juntas as novas Ranger e Amarok, sendo a norte-americana a líder de projeto. A plataforma será a mesma, mas elas terão comportamento, visual e interior completamente diferente.
A ideia é não repetir o erro da Mercedes-Benz ao pouco disfarçar a origem Nissan Frontier que a Classe X tinha. Apesar disso, rumores apontam para o uso de motores Ford na Amarok, mesmo que a Volks tenha um bom portfólio de propulsores diesel – incluindo o elogiado V6 recentemente apimentado.
Documentos vazados pelo site revelaram que a Ford vai substituir o motor 3.2 cinco cilindros turbo por um 3.0 V6 turbo de 253 cv e 60,8 kgfm de torque. O 3.0 V6 da Amarok hoje entrega 258 cv e 59,1 kgfm, apenas para efeito de comparação.
A Ranger ainda contará com um novo 2.0 quatro cilindros biturbo no lugar do 2.2 turbo. A potência e o torque serão de 213 cv e 50,9 kgfm. Haverá ainda uma variante híbrida, que deve chegar na mesma época da Hilux Hybrid.
A Ford usará motor 2.3 quatro cilindros turbo gasolina combinado a um par de elétricos para entregar 367 cv e 69,3 kgfm de torque. A transmissão deverá ser automática de dez marchas em todas as versões, ou manual com seis marchas para as variantes de entrada.
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