Desde que o ano virou, o Ford Ka deixou de disputar a vice-liderança do mercado brasileiro com o Hyundai HB20 de maneira misteriosa. Nada justificava a queda abrupta do hatch compacto, que chegou a ficar de fora da lista dos 10 carros mais vendidos do país por diversos meses.
Mas tudo foi explicado pelo em nota publicada em seu site oficial. A Ford reduziu as vendas seus carros para locadoras, o que representava uma fatia considerável das vendas do Ka, Ka Sedan e EcoSport no Brasil.
De acordo com o sindicato, a Ford informou que haverá 46% de queda na produção de veículos pois “não tem valido a pena, do ponto de vista do lucro, manter este tipo de modalidade comercial por causa da barganha das empresas de locação”.
Vale ressaltar que a negociação com as locadoras compreende lotes generosos de diversos veículos sendo vendidos praticamente a preço de custo ou até abaixo disso para criar volume no ranking de vendas. Essa é uma estratégia bastante comum que ajuda a deixar um carro em evidência e garantir que a lucratividade venha por conta do alto volume de produção e vendas.
Em declaração oficial, a Ford diz que “não sairá do segmento de locadoras, mas será mais seletiva com relação aos aspectos negociais”. Com isso, a marca afirma que manterá vendas para locadoras, mas não no mesmo nível de antes, indo de acordo com o que o Sindicato informou.
O sindicato ainda afirma que haverá lay-off na fábrica de Camaçari até dezembro, mas que pode ser estendido até maio do próximo ano para readequação da produção e regularização dos estoques, que agora serão destinados, em sua grande parte, à venda nas concessionárias.
Enquanto isso a fábrica deverá passar por modernizações para receber novos modelos. A marca já testa um novo SUV compacto com base no Ford Ka que pode ser a terceira geração do EcoSport ou um novo modelo para atuar abaixo do EcoSport (que crescerá na próxima geração) e brigar com Volkswagen Nivus e o SUV do Fiat Argo.
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