De uns anos para cá, a Fiat do Brasil se distanciou muito da divisão europeia – tanto que fomos o primeiro país a adotar o novo logotipo da marca e também temos liberdade total no desenvolvimento de novos modelos focados na nossa região. Só que isso vai mudar nos próximos anos, tendo o Brasil como grande líder dessa mudança.
Em entrevista à revista britânica, Olivier François, novo chefe da Fiat, revelou que os planos são de voltar a unificar os modelos. “Não tem jeito da Fiat [na Europa] se tornar regularmente lucrativa – ela é lucrativa agora, mas queremos aumentar isso. Se não iniciarmos nossa linha europeia e brasileira, não dará”, comenta o executivo.
“Vamos começar em 2024, 2025 e 2026; esse é o meu horizonte para carros que já estão definidos em design ou além. Vamos ter uma única linha de modelos. Eles podem ser elétricos em uma região, a combustão em outra com pequenas diferenças, o que nos permite fazer volumes gigantescos usando a mesma base”.
Ou seja, fica claro que o plano da marca italiana é tornar sua linha o mais flexível em termos de motorização quanto possível. Isso só será permitido com o uso da base CMP da Peugeot, a qual permite construir carros a combustão ou elétricos sobre a mesma base. Planos revelados pelo Auto+ revelam que essa base já está nos planos de Betim, MG.
CMP em Betim
A fábrica mineira terá a nova geração do Jeep Renegade e o inédito Jeep Avenger feitos por lá em breve. O Renegade chega em 2025, mas o Avenger pode estrear antes. Essa base servirá a todos os modelos da Stellantis de porte compacto nos próximos anos – ou seja, todos os Fiat exceto linha comercial e a Toro.
A Fiat já tem na linha de desenvolvimento a nova geração do Punto, que pode ser vendido e produzido no Brasil para substituir o Argo. Já o Pulse está servindo como inspiração para a divisão italiana desenvolver a , que se transformará em SUV. “Precisamos substituir o Tipo. Será tipo um SUV, mas de um jeito inovador”, revela Olivier.
Como o novo Panda também está em desenvolvimento, a Fiat pode trazer o modelo ao nosso país como um substituto do Mobi e para tomar o lugar que o Uno ocupava. Afinal, o Panda é a versão europeia gourmet do nosso Uno.
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