Maior mercado automotivo do mundo, a China é onde muitas marcas tiram o grosso de seu lucro e a tem como principal mercado. Mas, não é todo mundo que se dá bem nesse gigantesco mercado. Depois da Fiat falhar miseravelmente por lá e desistir de vender seus carros por lá, a Mitsubishi seguirá os mesmos passos e oficialmente desiste da China.

Em um memorando enviado à imprensa chinesa, a disse que “a direção e os acionistas fizeram o que podiam nos últimos meses, mas, em razão das condições de mercado, devemos agora nos concentrar em fazer a transição para veículos com fontes alternativas de energia. A empresa ressuscitará depois”.

Sua parceira local, a GAC (Guangzhou Automobile Group) confirmou a saída da Mitsubishi do mercado chinês, mas que seguirá trabalhando com os japoneses para um possível retorno futuro. Além disso, ambas visam maneiras de compensar os trabalhadores e reduzir o impacto das demissões.

A saída da fabricante japonesa não foi repentina, visto que ela sofreu uma queda abrupta nos últimos anos. Com uma linha de carros envelhecida e falta de investimentos concisos em elétricos, as vendas pioraram fortemente. Prova disso é que o Airtrek, o único SUV elétrico que a Mitsubishi já fez e que só é vendido na China, teve 515 emplacamentos em 2022.

Em 2019, foram vendidos 135,5 mil carros da marca na China. Pode parecer bastante, mas para o volume anual do país, é uma performance descrita apenas como ok. Apenas para efeito de comparação, no mesmo ano, o GWM Haval H6 vendeu sozinho 386.405 unidades. Ou seja, em cerca de três meses, ele conseguiu o volume anual da Mitsubishi.

A japonesa até conseguiria se manter por lá, se não tivesse tomado um tombo tão feito quanto ocorreu em 2022. As vendas despencaram para pífias 34,5 mil unidades. Em um ano no qual um em cada quatro carros vendidos por lá era elétrico, o Airtrek ter emplacado só 515 unidades beira o desespero. Por isso a Mitsubishi desistiu da China.

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